
De acordo com dados do �ltimo boletim epidemiol�gico, divulgado pela Prefeitura de Belo Horizonte, na sexta-feira (22/7), o n�mero de casos da doen�a por 100 mil habitantes era de 133,5. Nesse boletim, � poss�vel perceber que desde 1° de julho, quando os casos estavam em 428,7 por 100 mil habitantes, os n�meros apresentam quedas consecutivas. Em 14 de junho, data em que o decreto come�ou a valer em BH, eram 223,4 casos por 100 mil habitantes.

Desde que o decreto passou a valer, a Secretaria Municipal de Sa�de (SMS) registrou at� a �ltima sexta-feira, 28.538 casos confirmados da doen�a e 115 mortes. Em maio foram 6.653 casos e 29 mortes, em junho 16.069 casos e 57 mortes. J� em julho s�o, at� agora, 15.262 casos e 72 mortes registradas.
Reuni�o para decidir sobre prorroga��o da medida
O prefeito de BH, Fuad Noman, disse ontem que uma reuni�o com a SMS vai decidir sobre a continuidade do uso obrigat�rio de m�scaras em locais fechados na capital.
"Nossa equipe est� estudando. Devemos ter uma reuni�o nesta semana para que eles possam apresentar a situa��o para decidir essa quest�o", afirmou o chefe do Executivo em evento que oficializou a candidatura de Alexandre Kalil ao governo de Minas.
Segundo Fuad, a situa��o na capital melhorou desde a volta das m�scaras e os �ndices de transmiss�o da COVID tiveram queda.
"Est�o caindo porque a vacina est� funcionando ou por que estamos usando m�scaras? Essa � a pergunta que vamos responder esta semana', frisou o prefeito.
A vacina��o contra a doen�a de fato avan�ou desde a publica��o do decreto. Em 14 de junho, quando come�ou a valer, a cobertura vacinal na capital tinha:
- 95,1% da popula��o com a primeira dose ou dose �nica
- 87,2% com a segunda dose ou dose �nica
- 64,7% com a 3a dose
- 7,2% com a 4a dose
Na �ltima sexta-feira, a situa��o era de:
- 95,3% da popula��o com a primeira dose ou dose �nica
- 87,9% com a segunda dose ou dose �nica
- 69,8% com a 3a dose
- 15% com a 4a dose
A secret�ria Municipal de Sa�de, Cl�udia Navarro, havia sinalizado em entrevista ao Estado de Minas, no in�cio de julho, que a medida n�o deveria ser ampliada.
Segundo a secret�ria, era preciso observar o comportamento do v�rus. "Se seguir da mesma forma dos �ltimos dias, acredito que ser� mantido s� at� o dia 31", declarou na ocasi�o.
A decis�o de tornar obrigat�rio o uso de m�scaras na capital foi tomada ap�s o aumento no n�mero de casos de doen�as respirat�rias em maio e no in�cio de junho.
� �poca, Cl�udia Navarro avaliou que a medida buscava evitar novos casos de COVID e outras viroses.
Exig�ncia do uso de m�scaras em estabelecimentos
A assistente social Ina� Gon�alves Andrade, de 33 anos, estava fazendo compras em uma loja da Regi�o Central de BH, nesta segunda-feira (25/7). Ela observou que era uma das poucas a usar m�scaras no local.
“Quem usava m�scara estava com o nariz para o lado de fora ou com ela no queixo. Nem os funcion�rios dos estabelecimentos est�o exigindo o uso.” Ela disse tamb�m que, �s vezes, nem os pr�prios funcion�rios dos estabelecimentos usam o equipamento de prote��o.
Ina� afirma que permanece adotando as medidas de prote��o do in�cio da pandemia e faz uso da m�scara at� em locais abertos, se houver aglomera��o de pessoas.
“Na rua, se estiver cheio de gente, coloco tamb�m. Sempre levo mais de uma para trocar a cada quatro horas.”
Para ela, manter os cuidados de prote��o contra a doen�a � a atitude correta para o momento. “Pela nossa prote��o e pela do outro. Al�m disso, todos n�s (da fam�lia) pegamos COVID mesmo com os cuidados. Gra�as a Deus sem nenhum caso grave, mas tivemos que ficar em isolamento e de licen�a do trabalho.” A fam�lia - m�e, marido e sobrinha - foi contaminada em maio, de acordo com ela.
Ina� acredita que o decreto deveria ser prorrogado, por medida de precau��o, pelo menos at� o fim do inverno. “Nessa �poca, os problemas respirat�rios aumentam e, principalmente para quem tem algum tipo de comorbidade, como idosos (t�m risco de contamina��o). Deveria ser prorrogado por cautela e, por tudo que j� passamos, � s� mais algum tempo.”
E mesmo que a medida n�o seja prorrogada, a assistente social diz que vai continuar usando a m�scara. “No local de trabalho, por exemplo. Quando estiver fora de casa, vou ser bem seletiva daqui pra frente. Mesmo que o n�mero de casos esteja baixo, ainda tem risco de contamina��o e a gente nunca sabe quais s�o as consequ�ncias certinhas dessa infec��o.”