
A pris�o do delegado Rafael de Souza Hor�cio, pela morte do motorista de reboque Anderson C�ndido de Melo, durante briga de tr�nsito na �ltima ter�a-feira (26/7), causou insatisfa��o em parte da Pol�cia Civil de Minas Gerais, que entende n�o haver necessidade de o policial ficar na cadeia. A pris�o, pedida pela Corregedoria da PCMG, foi deferida pela Justi�a.
O dirigente da categoria diz que o Sindipol acompanha o caso de perto. Ele diz estar perplexo com a situa��o. “N�o houve tempo nem motivos para que a pris�o fosse decretada. Em primeiro lugar, o delegado socorreu a v�tima, e, espontaneamente, se apresentou � Corregedoria, prestou depoimento e entregou sua arma.”
O investigador Wemerson diz estranhar o fato de a Corregedoria, al�m de pedir a pris�o, obter um mandado de busca e apreens�o, n�o s� na casa do delegado, mas tamb�m em seu gabinete, e apreender o celular. “Bastava ter a arma, o resto � sem sentido. Com a arma do crime j� em poder da pol�cia, n�o � preciso mais nada.”
Ele afirma, ainda, que pegaram duas testemunhas e tudo foi feito com base no depoimento dessas duas testemunhas. “Seria preciso ter procurado outras testemunhas e assim, ter mais informa��es.”
O investigador Wemerson diz estar preocupado com o fato de que a decis�o tenha sido uma resposta midi�tica, com vistas � pr�xima elei��o para governador. “A Pol�cia Civil vem sendo achincalhada nos �ltimos tr�s anos. Nossas condi��es de trabalho s�o p�ssimas."
E faz compara��o com a morte do investigador Sirian Versiani em um bar, em Contagem, em abril de 2018. “At� hoje o crime n�o foi apurado nem o caso encaminhado � justi�a. N�o houve den�ncia. O policial foi morto com v�rios tiros. O matador fugiu. Foi identificado e preso, mas, estranhamente, foi liberado, por uma ordem que veio de cima, depois de uma noite, apenas, de sua pris�o.”
“Nossa grande preocupa��o � que o caso do delegado Hor�cio esteja sendo usado com objetivos pol�ticos”, diz o presidente do Sindpol.
O que diz o comando da Pol�cia Civil
"A Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) esclarece que a decreta��o da pris�o tempor�ria foi feita pelo Poder Judici�rio, mediante parecer favor�vel do Minist�rio P�blico. O caso est� sob sigilo e a PCMG n�o comenta o teor da decis�o judicial."