
O pedido de ajuda do menino Miguel, de 11 anos, que ligou para a pol�cia, contando que ele e a fam�lia estavam passando fome, mobilizou a comunidade. Na manh� desta quinta-feira (04/08), um grupo da Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte visitou a casa da fam�lia, no bairro S�o Cosme, em Santa Luzia, na regi�o metropolitana, e avalia a possibilidade de reformar o im�vel.
Antes disso, por�m, eles v�o ganhar uma porta nova, que ser� instalada ainda hoje. "Essa porta de entrada n�o fecha, t� toda quebrada. � noite, eu tenho que empurrar os m�veis atr�s dela para segurar, porque o lote todo � aberto. Fico com muito medo pelas crian�as", conta C�lia Arquimino Barros, de 46 anos, m�e de Miguel.
Ela mora com os seis filhos em um barrac�o de tr�s c�modos. As paredes ainda de cimento, sem nenhum acabamento. "N�s viemos aqui ver se podemos ajudar a fam�lia. Eles j� est�o recebendo diversas doa��es de alimentos. A gente s� se lembra da comida, mas esquece que tamb�m h� outras necessidades", disse o pastor Fernando Guedes.
"Vamos reunir nossa comunidade para melhorar as condi��es dessa fam�lia. De imediato, vamos trocar essa porta, mas queremos refor�ar a casa, talvez trocar a geladeira", informa o pastor.
Desde a repercuss�o da hist�ria, a fam�lia vem recebendo doa��es de alimentos. "Essa noite todos dormiram melhor, com a barriga cheia. A gente tava comendo s� fub� e farinha", disse C�lia. Al�m dos filhos, ela cuida de tr�s netos, de 1, 3 e 4 anos, que moram no barrac�o ao lado.
Relembre o caso
Na noite da �ltima ter�a-feira (02/08), o menino Miguel Barros ligou para a pol�cia para dizer que a fam�lia estava passando fome. "Estou com fome. Nada pra comer, desde cedo", afirmou. Os policiais do 35° Batalh�o da PM chegaram � casa suspeitando de maus-tratos, mas encontraram a resid�ncia limpa e arrumada e as crian�as estavam bem.
C�lia n�o sabia que o filho tinha feito a liga��o. Ela disse que tenta driblar a fome dos filhos com �gua e fub� mas n�o est� conseguindo resolver o problema. Segundo ela, que est� desempregada, o aux�lio do Bolsa Fam�lia h� muito tempo n�o � suficiente para sustent�-los.
Ap�s a ocorr�ncia, os policiais compraram uma cesta b�sica e outros mantimentos para que a fam�lia pudesse comer. A hist�ria se espalhou e mobilizou outras pessoas, que organizaram doa��es para C�lia e seus filhos. Quem quiser, pode encaminhar doa��es� fam�lia por meio do 35º Batalh�o.