J� no fim da tarde, �s 17h, foi retomada uma especial tradi��o em BH: a grande prociss�o luminosa, Os fi�is sa�ram da Avenida Afonso Pena, nas proximidades da Pra�a da Rodovi�ria, e caminharam em romaria, levando velas acesas, at� o Santu�rio Arquidiocesano. �s 18h, o arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, celebrou a missa campal, diante do templo.
A dona de casa Rose Sousa, de 55 anos, foi acompanhada pela m�e, Maria Lara. “Todo ano eu venho para a prociss�o. Vinha com a minha filha, mas ela foi morar fora. Ent�o, chamei minha m�e”, diz.
Ela descreve a sensa��o de poder retornar aos festejos como deliciosa. “� muito bom ver esse tanto de gente, tirei muitas fotos. � uma sensa��o maravilhosa, limpa a alma. A energia � maravilhosa, todo mundo com o mesmo objetivo de adorar � Nossa Senhora”, afirma.
A dona de casa conta ainda que elas foram pedir pela sa�de do cunhado, que est� internado. “Eu iria vir de qualquer jeito. Mas, fizemos um pedido especial pela recupera��o dele. Al�m de mais coisas boas pra gente", destaca. Segundo ela, quando chegaram � igreja, os organizadores do evento disseram que a estimativa de p�blico era de 2 mil pessoas.
Emo��o e agradecimentos
A professora Jerusa Batista, de 57 anos, � outra que sempre acompanha as celebra��es. Ela conta que � uma emo��o participar dos festejos ap�s dois anos sem as celebra��es por causa da pandemia. Jerusa disse ainda que veio agradecer pela sa�de dela e dos familiares e pedir prote��o para os filhos.
“Eu sou cat�lica muito fervorosa e gosto muito de prociss�o. Hoje como � o dia da Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira de Belo Horizonte, quis participar.”
Segundo a professora, algumas pessoas usavam m�scaras e outras n�o. “Eu ainda preferi vir com a minha m�scara. Apesar de ser ao ar livre, me sinto mais segura com ela”, relata
A tamb�m professora, Rosa Maria Soares, de 71 anos, aguardava a chegada da prociss�o na igreja: “Venho todos os anos, � uma festa muito bonita”.
Ela conta que o per�odo de dois anos sem a realiza��o da celebra��o foi muito triste. “Uma festa t�o importante para a cidade. Mas, gra�as a Deus as pessoas est�o de volta, est� tudo muito bonito, a igreja est� maravilhosa. Est� tudo perfeito", diz.
Rosa tamb�m se disse emocionada por poder voltar a participar dos festejos: “� uma emo��o infinita, uma gratid�o eterna. Vim agradecer pela vida, por estarmos presentes aqui hoje”. A professora pediu ainda prote��o para a fam�lia e para a cidade de Belo Horizonte.
A fam�lia de James Manini tamb�m foi agradecer � padroeira de BH. A m�e Maria da Gl�ria Silva e a irm� Ellen Cristina de Lacerda aguardavam com ele a chegada da prociss�o. Devotos, eles participam todo ano da celebra��o. Ele conta que a m�e sofreu um AVC seis meses antes da pandemia.
“Gra�as a Deus, agora ela est� bem melhor, fazendo fisioterapia e est� melhorando”, enfatiza. A fam�lia veio tamb�m para agradecer pela sa�de de Maria da Gl�ria. Por�m, como ela ficou com sequelas da doen�a e est� em cadeira de rodas, eles n�o puderam participar da prociss�o e ficaram aguardando a missa.
Mas eles recordaram os anos anteriores em que percorriam o trecho at� a igreja levando velas acesas. “S�o pessoas que est�o ali agradecendo por b�n��os alcan�adas, pedindo b�n��os, ent�o tem uma energia muito grande. � uma coisa que s� quem participa sabe explicar”, afirma.
Eles esperam que no ano que vem a fam�lia possa retomar a tradi��o, com a m�e sem precisar da cadeira de rodas.