
Um im�vel no caminho entre Belo Horizonte e Ouro Preto, mais especificamente na regi�o de Amarantina, distrito da cidade hist�rica, chama a aten��o de quem passa pela rodovia. A imensa placa em amarelo instiga o apaixonado por sobremesas: “sorvete paquistan�s, natural e ex�tico”. O jeito � parar e conferir.
A partir de uma combina��o entre frutas brasileiras e especiarias asi�ticas, surgem os sabores ex�ticos da Sorveteria Paquistanesa, comandada por Cl�udia Helena Dias, tamb�m chamada de Omay Hani, nome que assumiu ao se converter ao islamismo.
Um festival de cores e sabores ocupa os freezers da sorveteria na beira da estrada. Os clientes lotam o local em busca da diversidade de receitas – ao todo, a loja prepara mais de 300 sabores, mas cerca de 50 s�o servidos por vez. A inten��o � agradar � ampla clientela, por isso h� vers�es com zero lactose, c�tricos, diet, com pouco a��car e at� veganos.
Ao pre�o de R$ 95 o quilo, o fregu�s pode se deliciar com sorvetes feitos com especiarias t�picas trazidas do Paquist�o, Ir�, Iraque, Turquia e outros. Pistache paquistan�s, a�afr�o (karachi), figo seco, gengibre (adrak), hibisco e lavanda s�o alguns dos sabores � venda. As receitas levam ainda t�mara, cardamomo, �gua de rosas, �gua de flor de laranjeira e mela�o de rom�.
Os clientes tamb�m podem arriscar seus paladares em um saboroso desafio tentando acertar a especiaria usada nos sorvetes secretos, como o "segredo paquistan�s" , "sigilo paquistan�s" e ainda o "mist�rio paquistan�s". Nesses sabores, os ingredientes n�o s�o revelados. Caso algu�m tor�a o nariz para as propostas ex�ticas da casa, h� op��es mais conhecidas pelo paladar brasileiro, como jabuticaba, mexerica, graviola e cupua�u.
DE M�E PARA FILHO
H� 35 anos, Cl�udia decidiu fabricar seu pr�prio sorvete. Ela colhia as frutas que tinha no quintal e acrescentava especiarias. Tudo porque a professora queria evitar dar ao filho, ent�o com 4 anos, sorvetes industrializados com alto �ndice de gordura e a��car.
A receita deu t�o certo que seus amigos e vizinhos passaram a encomendar os gelados artesanais. Logo o produto havia ca�do nas gra�as da comunidade. A procura era tanta que Cl�udia viu a necessidade de abrir um com�rcio para concentrar a venda de seus sorvetes. Alguns anos depois, a empreendedora se casou com um paquistan�s e foi morar no pa�s do marido. L�, ela conheceu a gastronomia paquistanesa e decidiu incorporar suas f�rmulas, completamente naturais.
RA�ZES
De acordo com a tradi��o mu�ulmana, ao se casar com um homem paquistan�s a mulher recebe um nome mu�ulmano. Assim, Cl�udia Helena Dias passou a ser chamada de Omay Hani, que significa aquela que est� sempre alegre. No per�odo em que viveu no Paquist�o, Omay Hani aproveitou para conhecer a culin�ria local e ampliar seus conhecimentos. Foi assim que ela come�ou a aplicar os modos paquistaneses em suas sobremesas. Enquanto estava no continente asi�tico, a cozinheira se comunicava com suas funcion�rias no Brasil e compartilhava as novas informa��es inspiradas em doces do Paquist�o.
“Nunca imaginei que de professora eu iria me apaixonar pela arte de transformar frutas, flores, especiarias e ervas em sorvetes. Isso me fez apaixonada por essa alquimia que � criar sabores ex�ticos, inusitados”, disse Omay Hani.
Servi�o
Sorveteria Paquistanesa
Endere�o: Rodovia dos
Inconfidentes, KM 58, Amarantina, Ouro Preto
Funcionamento: diariamente, das 9h �s 18h
Contato: (31) 98784-1344
Instagram: https://www.instagram.com/p/CNEI-HtAobq/