
Os usu�rios do transporte p�blico j� sentem na pele os efeitos da greve. As linhas que registraram o maior n�mero de reclama��es por superlota��o, em agosto, s�o a 806 (Esta��o S�o Gabriel/Vista do Sol via Nazar�), com 94 registros, a 62 (Esta��o Venda Nova/Savassi), com 80, e a 5250 (Esta��o Pampulha/Bet�nia), com 60 reclama��es.
O presidente da Associa��o dos Usu�rios do Transporte Coletivo em Belo Horizonte e Regi�o Metropolitana (AUTC), Francisco Maciel, argumenta que o metr� � estruturante e, quando fica paralisado, todo o sistema fica comprometido.
“O t�xi fica mais caro, os aplicativos ficam mais caros, e voc� compromete o transporte coletivo de diversas formas. As pessoas, de forma preventiva, tiram os carros da garagem, e o aumento da circula��o causa engarrafamentos, que comprometem o transporte de �nibus, com exce��o do move que transita em faixas segregadas”, explica Maciel.
No in�cio desta semana, a m�dia de reclama��es por superlota��o chegou a 18%, superando a m�dia da semana anterior, em que o n�mero ficou na casa dos 14%. As reclama��es por descumprimento do quadro de hor�rios chegaram a 28%, por�m o n�mero foi maior na quinta-feira do dia 18, quando 36% das queixas foram registradas nessa categoria.
O que deveria ser feito?
Para Francisco Maciel, a solu��o da superlota��o dos �nibus chega a ser simples. Ele ressalta que o metr� � fundamental, e os usu�rios n�o abrem m�o dele, mas para contornar a superlota��o � preciso que o contrato entre as empresas e a prefeitura seja cumprido.
“O intervalo m�nimo entre as viagens est� l� no contrato, de 20 minutos, e j� mudaram para 30. Eles aumentam o n�mero de viagens, mas aumentam o intervalo entre elas, � uma piada”, completa o presidente da AUTC.
Cabe lembrar que, em julho, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) efetuou o pagamento da primeira parcela do subs�dio de R$ 237,5 milh�es �s empresas do transporte coletivo da capital. O valor pago foi R$ 90 milh�es para as empresas de transporte convencional, e R$ 4,371 milh�es para o transporte suplementar foram destinados para a amplia��o dos servi�os de �nibus.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), informou que est� monitorando os efeitos da paralisa��o dos metrovi�rios no sistema e que, se houver necessidade, vai aumentar o n�mero de viagens.
Escala m�nima
Para tentar atender minimamente os usu�rios do metr�, uma liminar judicial, expedida na quinta-feira (25/8), pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), obriga o funcionamento dos trens com 60% da capacidade, ou seja, uma escala m�nima.
A greve dos metrovi�rios j� chega ao quinto dia nesta segunda-feira (29/8), e quem precisa usar o transporte hoje ter� que esperar at� 25 minutos entre as viagens, fora do hor�rio de pico. Das 6h �s 8h30 e das 16h30 �s 19h, considerados os hor�rios de maior movimento, a espera � de nove minutos, conforme informa��es da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
* Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Thiago Prata