
Indignados com a morte do homem, familiares e moradores interditaram a avenida Amazonas, no bairro Vila Nova Gameleira. Com cartazes e bolas brancas, todos gritavam as palavras “covardes” e “assassinos”.
Mais cedo, pelas redes sociais, os residentes do aglomerado convocaram a popula��o para o ato contra o que qualificaram como “opera��es policiais truculentas e desnecess�rias na comunidade”.
Os manifestantes tamb�m atearam fogo em pneus, bloqueando os dois sentidos da via. Logo, o Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 18h para debelar as chamas. N�o houve v�timas, conforme a corpora��o.
Segundo a BHTrans, o tr�nsito ficou retido no trecho por volta das 18h55 e s� come�ou a ser liberado a partir das 20h.
Conforme mostrou o Estado de Minas, a porta-voz da PM, major Layla Brunnella, explicou, em entrevista coletiva, que a opera��o come�ou ap�s den�ncia an�nima, informando que cinco homens armados estavam vendendo drogas pr�ximo � Rua Sete de Setembro. Assim que viram os policiais, os suspeitos teriam disparado e fugido do local.
Os militares teriam visto que o homem entrou em uma casa que, conforme a PM, era usada pelo tr�fico. Dentro da resid�ncia, o suspeito teria, ent�o, apontado um rev�lver calibre 38 para os policiais, que dispararam e acertaram a v�tima no peito. Ap�s a a��o, ele foi encaminhado para o hospital, mas n�o resistiu aos ferimentos.
Outros quatro homens que tamb�m estavam no ponto de tr�fico denunciado conseguiram fugir e, at� o fechamento da reportagem, n�o haviam sido localizados.
Passagens pela pol�cia e mandado em aberto
Ainda de acordo com a Pol�cia Militar, a v�tima tinha passagens por tr�fico, homic�dio e les�o corporal grave. Ele ainda teria um mandado para cumprimento de pena por homic�dio em aberto. Com o homem foram encontrados R$ 509 em dinheiro, um r�dio comunicador, 179 buchas de maconha, uma arma calibre 38 e quatro muni��es - sendo duas j� usadas.
O policial envolvido nos disparos est� � disposi��o da corregedoria da PM para que as medidas necess�rias sejam tomadas. A Pol�cia Civil informou que instaurou inqu�rito para apurar os fatos.
O que diz a fam�lia
Em entrevista ao Estado de Minas, a irm� do rapaz, Rosileia da Silva, de 38 anos, negou que ele estivesse portando arma de fogo. “Meu irm�o foi morto de maneira covarde. Ele n�o estava armado”, afirmou.
No entanto, Rosileia admitiu que o irm�o tinha passagem por tr�fico, mas j� havia sido preso, julgado e cumprido a pena pelo crime estipulada pela Justi�a. Ela afirmou que ele estava trabalhando em uma lanchonete da regi�o.
“Ele trabalhava, n�o tinha mais envolvimento com o tr�fico. Ele ficou preso por sete anos, pagou pelos seus erros. N�s ficamos sabendo que ele estava na casa de uma amiga, e, quando abriu o port�o, o policial atirou nele”, explicou.