
Segundo a p�gina de jornalismo comunit�rio Conecta Cabana, h� relatos de comerciantes que receberam amea�as e pedidos de dinheiro para manter o com�rcio na comunidade.
Lorrayne Batista, jornalista idealizadora da p�gina, recebeu o primeiro relato em junho. "Conseguiram ver que era golpe porque a foto de perfil no WhatsApp n�o condizia com a pessoa que falaram que era", conta.
No m�s passado, uma funcion�ria de um bar da regi�o contou que amea�aram de colocar fogo no com�rcio. Ela conhecia a pessoa que estava na foto de perfil do WhatsApp, que negou estar envolvida. O mesmo aconteceu com a �ltima den�ncia feita hoje, de tr�s pessoas que receberam liga��es com amea�as e pedidos de PIX.
"Eles falam que se o pagamento n�o for efetuado, eles v�o colocar fogo no com�rcio ou amea�am a n�s e nossa fam�lia", relata um comerciante da regi�o que prefere n�o se identificar, segundo o Conecta Cabana.
De acordo com a p�gina, moradores tamb�m est�o recebendo pedidos de doa��o para sepultamento de v�timas de viol�ncia policial na regi�o, mas apuraram que nenhuma dessas exig�ncias foi feita por parte da comunidade.
Moradores protestam contra viol�ncia policial na regi�o
Moradores da Cabana do Pai Tom�s protestaram contra a Pol�cia Militar na noite desta ter�a-feira (30/8). Eles afirmam que Gleison Sedines da Silva, de 37 anos, morto em uma opera��o durante a manh� na regi�o, foi executado pela PM.
Eles tamb�m se manifestaram pela morte de um menino de 15 anos.
Indignados com a morte do homem, familiares e moradores interditaram a avenida Amazonas, no bairro Vila Nova Gameleira. Com cartazes e bolas brancas, todos gritavam as palavras “covardes” e “assassinos”.
A porta-voz da PM major Layla Brunnella afirmou, em entrevista coletiva, que a opera��o come�ou ap�s uma den�ncia an�nima de que cinco homens armados estavam vendendo drogas pr�ximo � Rua Sete de Setembro. Quando os policiais, os suspeitos teriam atirado e fugido do local.
Os militares teriam visto que o homem entrou em uma casa que, conforme a PM, era usada pelo tr�fico. Dentro da resid�ncia, o suspeito teria apontado um rev�lver calibre 38 para os policiais, que dispararam e acertaram a v�tima no peito.
Em entrevista ao Estado de Minas, a irm� do rapaz, Rosileia da Silva, de 38 anos, negou que ele tivesse uma arma de fogo. “Meu irm�o foi morto de maneira covarde. Ele n�o estava armado”, afirmou.
Rosileia disse que o irm�o j� havia sido preso, julgado e cumprido a pena pelo crime estipulada pela Justi�a. Ela afirmou que ele estava trabalhando em uma lanchonete da regi�o.
“Ele trabalhava, n�o tinha mais envolvimento com o tr�fico. Ficou preso por sete anos, pagou pelos seus erros. N�s ficamos sabendo que ele estava na casa de uma amiga e, quando abriu o port�o, o policial atirou nele”, explicou.
Em 19 de agosto, um adolescente de 15 anos foi morto a tiros por policiais na Vila Emba�bas, na Nova Gameleira, tamb�m na regi�o Oeste. Segundo testemunhas, os militares atiraram nove vezes contra Pedro e recolheram as c�psulas antes da chegada da per�cia. Moradores, familiares e amigos do jovem contestam a vers�o da pol�cia de que ele estava armado.
Eles afirmam que os policiais foram truculentos e n�o deixaram nem mesmo os familiares se aproximarem do corpo. "N�o tivemos nem direito de socorrer ele com dignidade. Jogaram ele como bicho dentro da viatura." A morte de Pedro tamb�m foi motivo da manifesta��o desta ter�a-feira.
* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Thiago Prata