As abelhas que provocaram o fechamento da Avenida Nossa Senhora do Carmo e que ca�ram na manh� desta quarta-feira (21/09) de uma colmeia em poste derrubado pelo tombamento de um caminh�o s�o consideradas agressivas e podem matar se picarem al�rgicos ou se houver muitas ferroadas ao mesmo tempo. � o que especialistas ouvidos pelo Estado de Minas disseram ao identificar os insetos em imagens feitas pela reportagem.
Os insetos que atacaram pessoas descendo pela avenida e at� policias militares e bombeiros envolvidos no destombamento do caminh�o acidentado s�o abelhas africanizadas (Apis mellifera). S�o ex�ticas (n�o origin�rias do Brasil) e consideradas muito agressivas, especialmente se provocadas ou defendendo a colmeia.
"Essa � uma abelha muito comum, a mesma que produz mel e pr�polis e enxameia em v�rios lugares da cidade. Quando o enxame est� muito grande, podem ficar muito agressivas, o que fica ainda pior nessa esta��o quente e seca", observa o professor do Departamento de Fisiologia e Biof�sica do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas da UFMG Theo Rolla Paula Mota.
O coordenador do Museu de Ci�ncias Naturais da PUC-Minas e entom�logo (estudioso de insetos), Henrique Paprocki, destaca que os principais problemas s�o uma pessoa receber uma elevada quantidade de ferroadas ou uma pessoa al�rgica receber mesmo que uma ou poucas.

"H� pessoas muito al�rgicas ao veneno, mas n�o � toda pessoa que tem essa alergia grave. Um volume grande de picadas em qualquer pessoa � sempre muito perigoso. Uma das refer�ncias para atendimento a picadas em Belo Horizonte � o Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII.
De acordo com o professor Theo Mota, da UFMG, nem todas as picadas s�o doloridas e mutas pessoas acabam s� sentindo coceiras depois de um ataque. "As picadas doerem n�o � o maior problema. O risco � grande para quem � al�rgico ao veneno. Muita gente nem sabe, mas � muito al�rgico. � importante notar se aparecem edemas que se expandem ou se incha demais. A rea��o pode ser r�pida e, nesse caso, � importante ser socorrido para tomar antial�rgico", observa.
Por todos esses motivos, o manejo dos insetos � urgente dependendo da �rea, quando idfentificados deve ser feito com as pessoas avisando ao Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). " (Essas abelhas) Devem ser retiradas destes ambientes urbanos com muita circula��o de pessoas", afirma o coordenador do Museu da PUC-Minas, Henrique Paprocki.