Por Maicon Costa
O funcion�rio do Coleguium Unidade Nova Su��a, em Belo Horizonte, preso na manh� desta ter�a-feira (11/10), suspeito de importunar sexualmente alunos com idades entre 6 e 15 anos, abordava as crian�as dissimulando brincadeiras e repetindo a frase: “O cachorr�o vai te pegar”.
De acordo com o os delegados da Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG), Iara Fran�a e Vin�cius Dias, que concederam entrevista coletiva na manh� desta ter�a-feira (11/10), na Delegacia Especializada de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente, o homem de 49 anos utilizava de suas fun��es profissionais para ganhar a confian�a dos alunos e realizar pr�ticas libidinosas com eles.
“Ele dissimulava determinados tipos de condutas com as crian�as, com brincadeiras, e a partir da� apalpava os seios das crian�as, o bumbum, utilizava de varinhas para manipular o cabelo e a nuca daquelas crian�as, puxava-as pela cintura. Eram atos incompat�veis com a realiza��o fundamental de um disciplin�rio que � apenas orientativo”, explicou Vin�cius.
O delegado informou ainda que os v�deos de sistema de seguran�a apresentados pelo Coleguium mostraram que o suspeito costumava pular com as pernas abertas sobre as crian�as, aproximando consideravelmente seus �rg�os genitais do rosto dos alunos, inclusive em situa��es onde havia espa�o para passar normalmente ao lado.
Entre as fun��es do suspeito na escola, estava gerenciar as crian�as nos banheiros, com a mesa do homem ficando em frente � porta destes.
Sugeriu que crian�as namorassem
A PC afirmou que a primeira den�ncia relativa ao caso partiu da m�e de uma menina de 8 anos que afirmou que, no momento que a crian�a sa�a do banheiro junto com uma amiga, o homem as abordou dizendo que j� que elas estavam juntas, poderiam namorar. O suspeito teria ainda convidado as crian�as para dormir com ele no col�gio.
O suspeito, que n�o tinha passagens pela pol�cia, agora responde por 13 importuna��es sexuais, podendo incorrer para ass�dios sexuais e atos obscenos se as modalidades forem caracterizadas. A pena para os crimes pode chegar a 40 anos de pris�o.
Col�gio pode ser indiciado
De acordo com a Pol�cia Civil, a segunda parte das investiga��es apura se a administra��o do Coleguium Unidade Nova Su��a praticou crime de omiss�o ao n�o afastar imediatamente os funcion�rios ap�s as primeiras den�ncias dos familiares. Caso isso seja comprovado, diretores e coordenadores do Coleguium Unidade Nova Su��a podem responder criminalmente.
“Podem ser responsabilizados pelo mesmo crime (importuna��o sexual), mas na parte omissiva, ou seja, importuna��es culposas, uma vez que eles deveriam ter realizado o ato para retirar aquele educador da institui��o de ensino”, explicou o delegado Vin�cius Dias.
Coleguium se manifesta
Procurada pela reportagem do Estado de Minas para comentar a possibilidade de indiciamento de membros da unidade escolar, a dire��o do Coleguium Unidade Nova Su��a emitiu nota de esclarecimento.
No documento, a institui��o afirma que sempre esteve � disposi��o das autoridades para auxiliar nas investiga��es. Ainda segundo o col�gio, o funcion�rio foi afastado logo ap�s o recebimento da primeira den�ncia.
Confira o posicionamento na �ntegra:
“A dire��o da unidade Nova Su��a da Rede Coleguium informa que sempre esteve � disposi��o das autoridades policiais para colaborar com as investiga��es e reafirma que, ao receber a primeira den�ncia, em 22 de junho, em poucas horas afastou o ent�o colaborador, que atuava na unidade havia menos de tr�s meses.
A gest�o manteve, desde o primeiro momento, di�logo transparente com as fam�lias por meio de atendimento em grupo ou individual. Uma equipe de psic�logos especializados elaborou a��es direcionadas aos colaboradores, professores e alunos. O atendimento psicol�gico da unidade e as atividades acad�micas sobre o tema tamb�m foram refor�ados.
A Rede Coleguium � uma institui��o tradicional, que atua h� 35 anos com seriedade e comprometida em oferecer educa��o de excel�ncia, seguran�a e conforto aos alunos e seus familiares. A rede declara que a situa��o � extremamente sens�vel e est�, juntamente com as fam�lias, trabalhando intensamente para superar esse desafio.”
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