Por Maicon Costa
O metr� de Belo Horizonte voltar� a ser totalmente paralisado no pr�ximo dia 26, de acordo com o Sindicato dos Empregados em Transportes Metrovi�rios e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG).
A decis�o do indicativo de paralisa��o de 100% dos servi�os foi tomada em assembleia realizada nessa ter�a-feira (11/10), de acordo com Daniel Gl�ria Carvalho, presidente do sindicato.
A paralisa��o ocorrer� 21 dias ap�s a �ltima greve, registrada em 5 de outubro. Na ocasi�o, os funcion�rios congelaram as atividades por 48 horas.
Segundo Daniel Gl�ria Carvalho, o movimento grevista ocorre por causa de insatisfa��es dos servidores com a condu��o da privatiza��o do metr�. “Os empregados seguem ser ter di�logo com a parte que est� executando esse projeto”, disse.
Daniel explicou que o movimento � pontual e acontecer� no dia em que � comemorado o dia do metrovi�rio. “� uma forma de protesto a tudo o que est� acontecendo sem dar o devido respaldo aos trabalhadores”.
A categoria dos metrovi�rios reivindica garantias aos trabalhadores com a privatiza��o do metr� da capital, previsto para 22 de dezembro. De acordo com o Sindimetro-MG, os contratos de trabalho est�o sendo precarizados com a mudan�a.
A greve
Os metrovi�rios est�o fazendo paralisa��es desde 25 de agosto, um dia ap�s o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) autorizar a abertura do edital para concess�o do servi�o. Por�m, no dia seguinte, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) conseguiu uma liminar para que ele funcionasse com pelo menos 60% da capacidade.
Em 4 de outubro, a companhia obteve decis�o favor�vel ao pedido de aumento da multa di�ria de R$ 35 mil para R$ 70 mil, em caso de desobedi�ncia � ordem de escala m�nima de 60% da frota.
Mesmo com aumento da multa, os metrovi�rios seguiram com a paralisa��o total em BH em 5 e 6 de outubro.
Edital de concess�o
O edital rejeitado pela categoria prev� investimento por parte do ganhador da licita��o, ao logo de 30 anos de concess�o, de R$ 3,7 bilh�es. Desse montante, R$ 3,2 bilh�es v�m dos cofres p�blicos, sendo R$ 2,8 bilh�es de aporte da Uni�o e R$ 440 milh�es do governo do estado. O restante fica a cargo da empresa vencedora da licita��o. Logo, a categoria questiona o pre�o fixado pelo governo no lance inicial em R$ 19,3 milh�es.
“Al�m das 35 composi��es, n�s temos 19 esta��es, quatro subesta��es de energia, 29 quil�metros de leito ferrovi�rio e as edifica��es ao longo do trecho. A CBTU est� sendo oferecida a pre�o de banana”, avaliou, na ocasi�o, o presidente do sindicato, Daniel Gl�ria, tamb�m em conversa com o jornal Estado de Minas.