
Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (27/10), o delegado Gustavo Barretta, do Departamento Estadual de Investiga��o de Crimes contra o Patrim�nio (Depatri), afirmou que a suspeita n�o agiu sozinha e, pelo menos, outras duas pessoas est�o envolvidas.
"No momento em que cometia o crime, ela era orientada por telefone. Acreditamos que os outros envolvidos estavam pr�ximos do local e deram fuga � mulher", diz. Agindo como uma moradora, ela entrou e saiu do local sem causar estranhamento. "Um funcion�rio que estava fazendo varredura no pr�dio percebeu que a porta foi arrombada. Em seguida, ele avisou ao porteiro", explica o delegado.
Segundo Barretta, ela n�o atua somente em BH, mas tamb�m em outros estados da Regi�o Sudeste. Al�m disso, os parceiros sabiam da din�mica do apartamento, mas ainda n�o � poss�vel afirmar se eram pessoas com algum grau de familiaridade com o dono da casa.
Embora a investiga��o esteja em fase inicial, a PC identificou como a porta foi arrombada. "Ela usou uma chave de fenda comumente utilizada por criminosos que fazem assaltos a condom�nios e conhecida como lancinha", explica.
Entre os itens roubados, est�o joias e duas pistolas, de modelo n�o divulgado. O propriet�rio da casa � colecionador de armas e tem autoriza��o para mant�-las, segundo o delegado. Ele � dono de uma concession�ria de carros em BH. No momento do crime, a fam�lia estava viajando.
O circuito de c�meras de seguran�a do apartamento flagraram toda a a��o da suspeita, e, agora, a investiga��o vai se concentrar na avalia��o das imagens para encontrar mais evid�ncias.
O circuito de c�meras de seguran�a do apartamento flagraram toda a a��o da suspeita, e, agora, a investiga��o vai se concentrar na avalia��o das imagens para encontrar mais evid�ncias.
A mulher ainda n�o foi localizada pela pol�cia, mas o delegado afirma que, "nas pr�ximas horas", ela deve ser encontrada.
Perfil
De acordo com o delegado, esse tipo de crime � cometido por pessoas que n�o levantam suspeitas, como mulheres e adolescentes.
"(Nesses crimes) observam a rotina do condom�nio e tentam se inserir nas caracter�sticas dos moradores, para passarem despercebidos", diz. De roupa preta, maquiagem e bolsa grande, a mulher passou pelo porteiro, que a confundiu com uma moradora. Segundo o delegado, essa t�tica � habitual e faz um alerta para moradores de pr�dios.
"Vemos que isso � comum. Em outros casos que investigamos, ao perguntar o porteiro qual motivo de deixar entrar uma pessoa desconhecida, ele relata ficar num impasse, por j� ter questionado parentes de moradores e depois ser repreendido por isso", diz o delegado, que faz o alerta. "� o momento das pessoas se conscientizarem. Se existe um ser humano para exercer o papel de barreira inicial, ele deve faz�-la. Independentemente dele estar costumado com 'o perfil' das pessoas frequentadoras do lugar", completa.