
Um aparelho de ultrassom que nunca foi usado continua parado em uma das salas do Centro de Refer�ncia de Sa�de do Trabalhador de Passos (Cerest) h� um ano. Na manh� da �ltima sexta-feira (4/11), a Comiss�o de Sa�de da C�mara Municipal de Passos fez uma fiscaliza��o no local e constatou o fato. O aparelho, avaliado entre R$ 150 mil e R$ 200 mil, foi doado pelo Minist�rio P�blico do Trabalho de Varginha (MT-Varginha) para uso dos trabalhadores.
A Prefeitura de Passos alega que vem fazendo processo seletivo para a contrata��o de um m�dico especialista em ultrassom. Foram abertos tr�s processos seletivos at� o momento para contrata��o e n�o apareceu ningu�m.
Pelos c�lculos do Cerest, h� tr�s meses 4.025 pessoas aguardavam por exames de ultrassom. Hoje, essa fila pode estar maior. A garantia do aparelho de ultrassom vence no final deste m�s. A empresa que fabricou o aparelho tem at� o fim do m�s para dar um curso para o m�dico que ir� us�-lo. O Cerest atende trabalhadores de Passos e de outros 17 munic�pios da regi�o, no Jardim Belo Horizonte.
Na fiscaliza��o que a Coordena��o de Sa�de do Trabalhador (CST/SES) realizou tamb�m foi identificado que o Cerest precisa de pintura, reforma do telhado e providenciar a aquisi��o de uma placa de identifica��o para a fachada.
“A Coordena��o de Sa�de do Trabalhador - CST/SES reconhece o Cerest Regional de Passos como um Cerest atuante e que disp�s a buscar novas formas de fazer Vigil�ncia em Sa�de do Trabalhador (Visat), com o prop�sito de ofertar servi�os cada vez mais resolutivos para a popula��o trabalhadora”, disse o vereador Francisco Sena (Podemos), um dos tr�s integrantes da Comiss�o de Sa�de. Os demais s�o: Gilmara Silveira de Oliveira (PDT) e Dirceu Soares Alves (PSD).
Recentemente, a Coordena��o de Sa�de do Trabalhador fez uma avalia��o no Cerest, e deu um prazo para o munic�pio resolver os problemas de estrutura e o problema do ultrassom at� 1º/11/2022. At� hoje nada foi resolvido.
Sena, Gilmara e Dirceu disseram que v�o agendar uma reuni�o com o secret�rio municipal de Sa�de e que protocolar�o um documento na Secretaria Municipal de Sa�de.
“O coordenador do Cerest, Sr. Rodrigo, esclareceu que a PMP j� tentou credenciamento de m�dicos, por�m, n�o houve ades�o de profissionais. Assim sendo, j� entrei em contato com o Secret�rio de Sa�de, Sr. Thiago, em nome da Comiss�o, para buscarmos uma solu��o. Al�m desse fato, o local encontra-se com infiltra��o no telhado, havendo at� goteira, al�m de necessitar de reforma. H� tamb�m recurso no valor de R$ 360 mil, para o qual n�o h� projeto para ser utilizado, embora os servidores do Cerest tentaram utilizar o recurso. Verifiquei frustra��o por parte dos servidores, que tentam desempenhar suas fun��es, apesar da falta de estrutura”, disse a vereadora Gilmara.
Prefeitura responde
A Prefeitura disse que est� em busca de uma sa�da. Com rela��o ao equipamento de ultrassonografia parado h� um ano, o secret�rio de Sa�de, Thiago Agnelo de Souza Salum, informou que analisaria todas as informa��es e que, especificamente sobre o ultrassom e os reparos no pr�dio, tudo ser� devidamente analisado.
“A respeito do aparelho de ultrassom, a prefeitura de Passos vem fazendo processo seletivo para a contrata��o de um m�dico especialista em ultrassom. Foram abertos tr�s at� o momento para contrata��o e n�o apareceu nenhum. N�o pode ser qualquer m�dico. Abrimos para credenciamento, conseguimos um profissional, por�m, foi impedido de se credenciar por ser m�dico servidor da prefeitura, j� tendo um v�nculo. Seguimos tentando por credenciamento, um m�dico para fazer o uso do aparelho, por�m, ainda n�o foi poss�vel. Este aparelho s� pode ser usado no Cerest e por m�dico ultrassonografista”, informou o secret�rio que atenta para o fato de ter assumido a pasta h� menos de uma semana, e que est� "ainda tomando conhecimento da situa��o”, disse.
“J� com rela��o �s melhorias no pr�dio, a prefeitura j� est� fazendo o processo licitat�rio para a reforma, por�m, lembra que a reuni�o de trabalho, na qual foi apontada a necessidade aconteceu em 31 de agosto, dando 60 dias para que fossem resolvidas as quest�es e tomadas as provid�ncias. Por�m, dentro deste curto prazo n�o foi poss�vel, e, a administra��o p�blica est� aberta para as negocia��es e melhorias, mas precisamos de dilata��o deste prazo. Outras v�rias medidas apontadas na reuni�o j� est�o sendo feitas. Todas as a��es envolvem dinheiro p�blico de forma imediata, � preciso licitar para fazer qualquer obra”, comentou Salum.