
O caso da crian�a, de 6 de anos, enforcada por um policial reformado ao dizer que era "Lula l�", em Divin�polis, no Centro-Oeste de Minas, foi reportado, nesta quarta-feira (9/11), � Anistia Internacional – organiza��o de mobiliza��o por justi�a social do mundo. O advogado da fam�lia, Farlandes Guimar�es, tamb�m provocou as comiss�es de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e da C�mara de Federal.
LEIA - Policial reformado � suspeito de enforcar crian�a que disse 'Lula l�'
Acionar as demais institui��es, embora um inqu�rito tenha sido instaurado pela Pol�cia Civil, segundo o advogado, � para resguardar a fam�lia. “Trata-se de uma fam�lia muito carente, que a gente n�o sabe se ela vai sofrer alguma retalia��o, se ela vai precisar ser inserida em algum programa de prote��o. A gente n�o sabe quem est� do lado de l�”, alega Guimar�es.
Para ele, essa � uma forma tamb�m de dar publicidade. “Mostrar �s autoridades que a sociedade acompanha o caso, assim como as institui��es que defendem os direitos humanos”, completa. Ele emenda que n�o se trata de desconfiar do trabalho investigativo policial.
“Confiamos. Mas as outras institui��es estar�o vigilantes, porque � algo muito grave que precisa ser repudiado”, destaca.
Investiga��o
A m�e, Reisla Gomes, foi ouvida na delegacia da Pol�cia Civil (PC), assim como o pai, de 75 anos, e testemunhas. O �ltimo da lista a prestar depoimento foi o suspeito.
O advogado aguarda a conclus�o do inqu�rito, com possibilidade de indiciamento do policial reformado, para tra�ar uma estrat�gica dentro do quadro concreto do caso. Por enquanto, a pol�cia trabalha com hip�tese de les�o corporal, mas Guimar�es cita outra possibilidade.
“Tortura, ningu�m falou sobre isso, mas pode ser, n�o est� descartado. � preciso muita tranquilidade para n�o fazermos nenhum ju�zo de valor e aguardar a conclus�o da investiga��o. Isso � muito s�rio”, aponta.
A crian�a foi enforcada at� desmaiar pelo agressor. “O que vi no pesco�o da crian�a � algo assustador. A m�e falou comigo, ele est� aqui brincado, falando, mas a noite est� acordando, chorando, me solta, me solta. Algo que a gente ainda n�o consegue mensurar”, completa.
Afastamento da OAB
Relembre o caso
“L� estavam o agressor, a m�e do agressor e o pai do agressor. Eles estavam discutindo Lula e Bolsonaro. Meu menino passou, o agressor passou a m�o na cabe�a dele e falou: 'Voc� � Bolsonaro, voc� tem cara de ser Bolsonaro'. A� meu menino falou: 'Eu sou Lula l�'. No que ele falou, ele pegou meu filho pelo pesco�o, enforcando meu filho, deixando ele sem ar at� ele desmaiar. Quando ele desmaiou que ele soltou meu filho. Machucou o cotovelo dele”, conta a m�e da crian�a.
O pai do menino apareceu logo em seguida. “Ele come�ou a gritar: est� machucando o menino, machucando o menino, a� ele (agressor) falou: estou s� brincando”, relata a m�e. Ap�s o menino retomar a consci�ncia, ele foi levado para a casa. Entretanto, a PM foi acionada apenas � noite quando a m�e chegou para buscar o filho.
No mesmo dia, a crian�a foi levada � UPA pela Pol�cia Militar (PM). O policial reformado n�o foi encontrado na casa e a ocorr�ncia reportada � Pol�cia Civil.
*Amanda Quintiliano especial para o EM