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Estado de Minas AGRESS�O

Caso de crian�a enforcada por PM reformado � levado � Anistia Internacional

Advogado da fam�lia fala em "tortura"; Ele tamb�m acionou as comiss�es de direitos humanos da ALMG e C�mara Federal


09/11/2022 17:15 - atualizado 09/11/2022 17:29

Farlandes Guimarães, advogado da família da criança agredida
Farlandes Guimar�es, advogado da fam�lia da crian�a agredida (foto: Arquivo Pessoal/Farlandes Guimar�es)

O caso da crian�a, de 6 de anos, enforcada por um policial reformado ao dizer que era "Lula l�", em Divin�polis, no Centro-Oeste de Minas, foi reportado, nesta quarta-feira (9/11), � Anistia Internacional – organiza��o de mobiliza��o por justi�a social do mundo. O advogado da fam�lia, Farlandes Guimar�es, tamb�m provocou as comiss�es de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e da C�mara de Federal.

 

LEIA - Policial reformado � suspeito de enforcar crian�a que disse 'Lula l�'


Acionar as demais institui��es, embora um inqu�rito tenha sido instaurado pela Pol�cia Civil, segundo o advogado, � para resguardar a fam�lia. “Trata-se de uma fam�lia muito carente, que a gente n�o sabe se ela vai sofrer alguma retalia��o, se ela vai precisar ser inserida em algum programa de prote��o. A gente n�o sabe quem est� do lado de l�”, alega Guimar�es.

Para ele, essa � uma forma tamb�m de dar publicidade. “Mostrar �s autoridades que a sociedade acompanha o caso, assim como as institui��es que defendem os direitos humanos”, completa. Ele emenda que n�o se trata de desconfiar do trabalho investigativo policial.

“Confiamos. Mas as outras institui��es estar�o vigilantes, porque � algo muito grave que precisa ser repudiado”, destaca.
 
A m�e da crian�a tamb�m esteve, nesta quarta, no Minist�rio P�blico. Ela foi ouvida pela promotoria, entretanto, o �rg�o aguarda que o inqu�rito seja remetido para, ent�o, seguir com os tr�mites.

Investiga��o

Ao longo desta semana, o menino foi submetido ao exame de corpo de delito e conversou com uma psic�loga. O prontu�rio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tamb�m foi anexado ao processo a pedido da m�dica legista.

O advogado aguarda a conclus�o do inqu�rito, com possibilidade de indiciamento do policial reformado, para tra�ar uma estrat�gica dentro do quadro concreto do caso. Por enquanto, a pol�cia trabalha com hip�tese de les�o corporal, mas Guimar�es cita outra possibilidade.

“Tortura, ningu�m falou sobre isso, mas pode ser, n�o est� descartado. � preciso muita tranquilidade para n�o fazermos nenhum ju�zo de valor e aguardar a conclus�o da investiga��o. Isso � muito s�rio”, aponta.

A crian�a foi enforcada at� desmaiar pelo agressor. “O que vi no pesco�o da crian�a � algo assustador. A m�e falou comigo, ele est� aqui brincado, falando, mas a noite est� acordando, chorando, me solta, me solta. Algo que a gente ainda n�o consegue mensurar”, completa.

Afastamento da OAB

Guimar�es tamb�m ir� apresentar � Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a representa��o �tica-disciplinar pedindo a suspens�o cautelar do agressor, que tamb�m � advogado, dos quadros institui��o. “Diante da gravidade dos fatos, ela mancha toda a institui��o, mancha a nossa atividade”, alega. O documento ser� protocolado a partir da conclus�o do inqu�rito.

Relembre o caso

O menino vai todos os finais de semana para a casa do pai, no bairro Afonso Pena. L�, frequenta a padaria que fica em frente. No domingo do segundo turno das elei��es, dia 30 de outubro, ele foi at� o estabelecimento que pertence � fam�lia do policial reformado, para comprar um lanche.

“L� estavam o agressor, a m�e do agressor e o pai do agressor. Eles estavam discutindo Lula e Bolsonaro. Meu menino passou, o agressor passou a m�o na cabe�a dele e falou: 'Voc� � Bolsonaro, voc� tem cara de ser Bolsonaro'. A� meu menino falou: 'Eu sou Lula l�'. No que ele falou, ele pegou meu filho pelo pesco�o, enforcando meu filho, deixando ele sem ar at� ele desmaiar. Quando ele desmaiou que ele soltou meu filho. Machucou o cotovelo dele”, conta a m�e da crian�a.

O pai do menino apareceu logo em seguida. “Ele come�ou a gritar: est� machucando o menino, machucando o menino, a� ele (agressor) falou: estou s� brincando”, relata a m�e. Ap�s o menino retomar a consci�ncia, ele foi levado para a casa. Entretanto, a PM foi acionada apenas � noite quando a m�e chegou para buscar o filho.

No mesmo dia, a crian�a foi levada � UPA pela Pol�cia Militar (PM). O policial reformado n�o foi encontrado na casa e a ocorr�ncia reportada � Pol�cia Civil.

*Amanda Quintiliano especial para o EM


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