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Estado de Minas mapa da viol�ncia

Regi�o Centro-Sul de BH tem mais bairros vulner�veis ao crime. Por qu�?

Reunindo bairros como Savassi, Serra, Funcion�rios e Lourdes, regi�o tem intensa movimenta��o de consumidores e �ndices mais altos de criminalidade


14/11/2022 04:00

João Pimenta, dono de bar há 37 anos na Savassi, em BH, fala sobre crimes na região
Jo�o Pimenta, dono de bar h� 37 anos na Savassi, acredita que muitos crimes ocorrem na madrugada, quando pessoas est�o mais vulner�veis (foto: Mateus Parreiras/em/d.a press)

 

Inflada pelos n�meros do Centro, mas tamb�m concentrando mais locais com altos registros de ocorr�ncias de crimes violentos, a Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte se destaca no mapeamento da reportagem do Estado de Minas sobre os bairros de maior criminalidade, segundo dados da Pol�cia Militar. Se selecionados os bairros com mais de 50 registros de crimes violentos, 17 no total, a participa��o da Regional Centro-Sul tamb�m se mostra a maior, com cinco deles entre os mais cr�ticos: juntam-se ao Centro, a Savassi (65 ocorr�ncias), a Serra (60), o Funcion�rios (55) e o Lourdes, com 50.

 

O presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH), Marcelo de Souza e Silva, considera que o grande volume de pontos de com�rcio e consumidores � um dos motivos de a Regi�o Centro-Sul ter mais registros absolutos de ocorr�ncias policiais. “A CDL/BH est� em permanente parceria com as for�as policiais para garantir mais seguran�a ao com�rcio e aos consumidores. A Opera��o BH Mais Segura, por exemplo, sempre � intensificada nas v�speras de datas comemorativas. Constantemente fazemos reuni�es para discutir a melhoria da seguran�a p�blica nos centros comerciais da cidade”, afirma. Segundo ele, como resultado, os �ndices de criminalidade violenta v�m baixando. “Uma de nossas reivindica��es para a pr�xima gest�o do governador Romeu Zema � que o di�logo continue aberto e que juntos possamos sempre buscar solu��es de melhorias na seguran�a p�blica”, afirma.

 

Policiais militares atendem a ocorrência na Avenida do Contorno, na Savassi, em Belo Horizonte
Policiais militares atendem a ocorr�ncia na Avenida do Contorno, na Savassi: atratividade para criminosos pelo movimento comercial e vida noturna (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press %u2013 22/8/22)

 

PROTE��O Na Savassi, por exemplo, algumas medidas t�m se destacado e trazido mais seguran�a, como a Rede de Comerciantes Protegidos. “Essas redes com intera��o via aplicativos ajudam demais. Sempre que h� um roubo, furto ou outra ocorr�ncia, a gente descreve os suspeitos. Outro comerciante os v� passando e avisa � pol�cia, que consegue prender mais f�cil esses criminosos”, aponta Jo�o Pimenta, dono de bar por 37 anos no bairro.

 

Jo�o Pimenta considera que os crimes v�m diminuindo, mas que � preciso saber onde ainda ocorrem. “Acredito que a maioria desses crimes ocorrem na madrugada, com o pessoal da boemia, que estica muito em v�rios estabelecimentos. Alguns deles s�o at� 24 horas. Essas pessoas �s vezes t�m de pegar o carro em lugar mais isolado, saem andando depois de beber, no escuro, e acabam virando uma oportunidade para os criminosos. H� um m�s, tentaram arrombar a porta do bar com um p� de cabra, no meio da madrugada. N�o conseguiram, mas danificaram a porta: R$ 400 de preju�zo”, conta Pimenta.

 

Essa sensa��o de que os alvos s�o mais ligados � boemia na Savassi � compartilhada pelo coronel Carlos J�nior, especialista em intelig�ncia de estado e seguran�a p�blica. “Tanto na Savassi quanto no Baixo Lourdes, temos muitos crimes relacionados ao lazer. A Savassi perdeu muitas lojas para os shoppings com o passar do tempo, mas manteve a boemia. Aumentaram as cervejarias e estabelecimentos nos quarteir�es fechados, deixando os caminhos do entorno como �reas de atua��o de criminosos, ainda que o policiamento seja intenso”, afirma. “O criminoso sabe disso e espera um momento prop�cio, uma v�tima mais indefesa em um local escuro e deserto. E isso tamb�m acaba se somando � quantidade de turistas e ao movimento nos hot�is”, avalia o especialista.

 

Fiscal de loja no Centro de BH, Vinícius Augusto de Miranda de Souza, de 21 anos, fala sobre cirminalidade
O fiscal de loja Vin�cius Augusto de Miranda de Souza, de 21 anos, � testemunha do interesse que o movimento comercial exerce sobre ladr�es (foto: Mateus Parreiras/em/d.a press)
 

 

�REA QUENTE Uma situa��o muito diferente da que ocorre no Centro de BH, o campe�o de ocorr�ncias de crimes violentos e local onde o especialista come�ou sua carreira, em 1995, como tenente patrulhando as ruas. “O pol�gono vermelho entre Pra�a 7 e rodovi�ria � a zona de maior concentra��o urbana de BH, com mais de 1 milh�o de pessoas por dia. Hoje, h� uma interliga��o das c�meras com as viaturas e policiais, guardas municipais, todos sabem onde est�o e podem agir r�pido. Antigamente, era r�dio, ocorr�ncia em formul�rio de papel. A tecnologia e os investimentos melhoraram demais as condi��es de seguran�a”, avalia.

 

O coronel afirma ainda que as condi��es atuais, que possibilitam integra��o e antecipa��o dos movimentos dos criminosos, tamb�m se refletem em muitas ocorr�ncias, uma vez que nos bairros, vilas e favelas pode ocorrer subnotifica��o. “Temos de imaginar o que se encontra de crime no Centro e como antecipar. Quem vai roubar a loja, o restaurante, o cinema, na rodovi�ria, onde est�o os receptadores, onde eles guardam mercadorias, os contrabandistas que abastecem parte do com�rcio popular, o tr�fico na zona de prostitui��o, a vaporiza��o (dissemina��o em pequenas quantidades) do tr�fico, os jogos de azar... Considere tamb�m que ao cair da noite tudo muda. O Centro toma um formato mais bo�mio, mais dos prost�bulos, dos botecos. Mudam os crimes e as formas de antev�-los com os mesmos recursos”, afirma J�nior.

 

 

Uni�o para planejar seguran�a na Savassi

 

A��es de seguran�a na Savassi t�m sido discutidas entre for�as de seguran�a e sociedade civil, com o mais recente encontro ocorrido em agosto, o que resultou em a��es conjuntas das institui��es para conscientiza��o de lojistas e consumidores quanto � seguran�a nos estabelecimentos e ruas, fortalecimento da Rede de Comerciantes Protegidos e a amplia��o de projetos que potencializam a sensa��o de seguran�a. Entre os presentes estavam o comandante do Policiamento da Capital, coronel Micael Henrique Silva, o comandante da 4ª Companhia do 1º Batalh�o, major Saldanha, o comandante do Setor Savassi, tenente-coronel Bruno D'Assun��o Coelho, o adjunto da inspetoria da Regional Centro-Sul da Guarda Municipal, Cristiano Gabriel Rosa, e o presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva,

 

A Pol�cia Militar, por interm�dio do Comando de Policiamento da Capital, indica uma s�rie de procedimentos para prevenir crimes em grandes centros comerciais como o Hipercentro de BH, entre eles evitar carregar grandes quantias de dinheiro e manter seus objetos pessoais, como carteiras, sacolas e bolsas, sempre � frente do seu corpo, evitando deix�-los sobre mesas ou balc�es.

 

Muito visado como moeda r�pida no mundo do crime, o telefone celular nuca deve ficar exposto. “Se precisar atender a uma chamada ou acessar as m�dias sociais, procure um local que seja mais reservado e protegido”, orienta a corpora��o.

 

A preven��o inclui ter sempre dinheiro em esp�cie separado para pequenas despesas, medida que visa n�o abrir a carteira ou a bolsa na frente de estranhos ou em local cheio. “Evite sacar quantias elevadas. Prefira as transa��es banc�rias eletr�nicas oferecidas pelo banco. Dentro de ag�ncias banc�rias, procure n�o conversar com pessoas estranhas ao seu conv�vio”, acrescenta a PM de Minas. 


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