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Estado de Minas DECIS�O JUDICIAL

Casal suspeito de homic�dio do filho vai responder em liberdade

Juiz respons�vel pela soltura considerou inexist�ncia de amea�a � ordem p�blica ou a instru��o criminal por parte dos suspeitos


23/11/2022 12:52 - atualizado 23/11/2022 13:08

Martelo da Justiça
O juiz Jefferson Val Iwassaki considerou que apesar dos argumentos empregados pelo Minist�rio P�blico (MP), por ora, n�o est� convencido da necessidade da segrega��o cautelar do casal (foto: Creative/Commons/Divulga��o)
A Justi�a da Comarca de Prata (Tri�ngulo Mineiro) determinou a soltura de um casal suspeito de homic�dio qualificado do pr�prio filho. Os pais da v�tima chegaram a ser encaminhados para sistema prisional na noite do �ltimo s�bado (19/11), pouco tempo depois da morte do beb� do sexo masculino de apenas dois meses.
 
A crian�a foi levada pelos pais at� o hospital, onde foi socorrida em estado grav�ssimo e com sinais de desnutri��o. A Pol�cia Militar (PM) foi acionada pela equipe m�dica do hospital, que percebeu ind�cios de descuido, maus-tratos e neglig�ncia no beb� por parte dos genitores. Pelas redes sociais, os militares relataram que o beb� “lutou ofegante pela vida”, mas acabou n�o resistindo.
 
O juiz Jefferson Val Iwassaki declarou por meio do documento de soltura que, apesar dos argumentos empregados pelo Minist�rio P�blico (MP), por ora, n�o est� convencido da necessidade da segrega��o cautelar do casal.
 
“Examinando os autos, em an�lise restrita, observa-se que os autuados n�o apresentam qualquer antecedente criminal, e n�o empregaram fuga do local, al�m disto, n�o h� evid�ncias de que v�o se furtar � aplica��o da lei penal, do que se infere, por ora, a inexist�ncia de amea�a � ordem p�blica ou a instru��o criminal”, diz trecho do documento de soltura. 

Buscaram atendimento

Para o juiz, os autos mostram que, apesar da presen�a dos ind�cios de neglig�ncia por parte dos suspeitos, os mesmos levaram a crian�a ao m�dico e n�o deixaram de buscar atendimento. “Mas sim aparentemente demoraram um pouco a procurar o atendimento m�dico”, complementa.

Mulher teria problemas psicol�gicos

Ainda segundo o documento de soltura, assinado pelo juiz Iwassaki, tamb�m consta nos autos not�cia com rela��o ao estado psicol�gico da m�e do beb�. “Segunda ela e seu esposo, det�m problemas psicol�gicos e encontrando-se em tratamento medicamentoso, n�o sendo poss�vel precisar se � totalmente imput�vel”, considerou. 

Simplicidade e grau de baixa escolaridade

Outros pontos que o juiz levou em considera��o para determinar a soltura do casal foi a simplicidade e o grau de baixa escolaridade.
 
“� de acreditar na simplicidade destes em n�o compreender o querer e o dever, havendo ainda de se ter em conta o grau de baixa escolaridade destes”, declarou.

O juiz conclui o documento de soltura que “assim, n�o h� qualquer ind�cio de que os investigados estejam pondo em risco a ordem p�blica e a instru��o criminal ou estariam se furtando da aplica��o da lei penal. 

Outrossim, verifica-se que os fatos remetem ao delito na forma culposa, e ainda que considerando a gravidade do crime e as circunst�ncias do fato, a modalidade culposa n�o comporta a decreta��o da pris�o preventiva, consoante previs�o do artigo 313 do CPP.

Assim, n�o verifico a presen�a dos requisitos autorizativos � decreta��o da pris�o preventiva, n�o havendo motivos para manuten��o da pris�o”. 

Posicionamento da PCMG

Em nota, a Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que os pais do beb� “tiveram a pris�o em flagrante ratificada por homic�dio qualificado e foram encaminhados ao sistema prisional”.
 
De acordo com a PCMG, “a investiga��o prossegue para completa elucida��o dos fatos e a devida responsabiliza��o dos suspeitos no que couber”.


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