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Pisada de Caboclo: evento em BH celebra a cultura de povos tradicionais

Encontro pretende cultuar, celebrar, preservar, reconhecer e valorizar a ancestralidade dos povos de terreiros de matriz afro-brasileira e ind�genas


27/11/2022 10:07 - atualizado 27/11/2022 12:05

Pisada de Caboclo
Evento na Lagoa do Nado acontece desde 2017 (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA. Press)

Conflu�ncia de saberes que surge do encontro de v�rios povos, como os patax�s, patax�s h� h� h�e, maxacalis, xacriab�s e dez terreiros da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, a Pisada de Caboclo � realizada nesse domingo (27/11) no Centro de Refer�ncia da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado.

Esta � uma promo��o do Centro Nacional de Africanidade e Resist�ncia Afro-Brasileira (CENARAB), em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte. "A Pisada de Caboclo � o encontro dos povos de terreiros de matriz afro-brasileira e ind�genas, promovendo uma confraterniza��o de celebra��o da vida, da ancestralidade e da resist�ncia", afirma B�rbara Bof, diretora de Promo��o dos Direitos Culturais da Funda��o Municipal de Cultura.

O evento � para cultuar, celebrar, preservar, reconhecer e valorizar a ancestralidade desses povos. Na capital, acontece desde 2017, sempre em novembro, e em 2022 � retomado ap�s dois anos suspenso, devido � pandemia. A Pisada de Caboclo integra a programa��o especial da PBH Novembro Preto: BH sem Racismo.

Pisada de Caboclo na Lagoa do Nado
(foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA. Press)

Como refor�am os organizadores, o di�logo entre os povos ind�genas com os povos de terreiros e de tradi��o afro-brasileira remonta e revigora o potente encontro acontecido no in�cio da escravid�o no Brasil. Tal conflu�ncia agora � uma forma de diminuir as dist�ncias geogr�ficas de povos ligados intimamente e constantemente pela subjetividade de sua f� e a presen�a marcante dos encantados, guias e Orix�s.




Durante o festejo, povos ind�genas e povos de terreiros cantam e dan�am juntos, em c�rculos, descal�os, com os p�s na terra. Seus cantos clamam e agradecem aos encantados e aos caboclos, que logo se fazem presentes tomando os corpos dos m�diuns, manifestando em formas de fen�menos na natureza, como chuva, sol, vento, p�ssaros, tudo em harmonia em um s� tempo. E, ent�o, a farta mesa de alimentos e bebidas t�picas dessas culturas s�o partilhadas por todos os presentes enquanto � realizada a parte religiosa do encontro.

Mãe Adriana
M�e Adriana: evento � gratificante (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA. Press)
M�e Adriana tem atua��o de mais de 50 anos entre comunidades, zelando por terreiros, heran�a recebida da m�e. Atualmente � zeladora do Centro Esp�rita Pai Guin� de Aruanda, terreiro de umbanda que funciona h� mais de 20 anos no Bairro Goi�nia, na capital. Ela comparece � Pisada de Caboclo h� cinco anos, e diz que ter um evento como esse � gratificante. "Principalmente pelo momento que estamos passando. � uma maneira de acolher nosso povo de ax�. Antes, muitos n�o podiam sair de seus espa�os pela intoler�ncia, e agora estamos todos juntos, reunidos, mostrando quem somos, porque somos e onde estamos", comemora.

A Casa de M�e Maria Conga � um terreiro de umbanda que existe h� 40 anos no Bairro 1º de Maio, em Belo Horizonte. O porteiro Carlos Renato Gomes, de 32, faz parte do grupo desde os 10 anos. Hoje, � um ogan, como se chama a fun��o de ser os olhos e bra�os da casa, respons�vel por trazer as entidades para a terra e mand�-las depois embora. Ele participa neste domingo da Pisada de Caboclo, mantendo a presen�a desde o ano inicial de realiza��o do evento. "� um evento muito bacana. Traz a liga��o direta com os caboclos, representados pelos �ndios. Todas as casas participam, doando seu corpo medi�nico para homenagear os �ndios. � uma energia muito boa, uma celebra��o da ancestralidade", diz.


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