
Em coletiva feita na sede da PBH, nesta quinta-feira (12/01), os �rg�os destacaram �s a��es de vigil�ncia e combate �s doen�as transmitidas pelo Aedes aegypti: dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Al�m disso, foram apresentados os resultados de 2022 e a import�ncia da participa��o da popula��o no combate dessas doen�as.
“Pe�o a popula��o que continue nos ajudando no enfrentamento dessas doen�as, como nos ajudaram no caso da COVID, em que o papel da sociedade foi fundamental. Do mesmo jeito que foi importante essa a��o da sociedade e da empresa na divulga��o dessas medidas para combater � dengue”, afirmou a secret�ria Municipal de Sa�de, Cl�udia Navarro.
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Ela ressaltou que o objetivo da a��o conjunta � evitar mortes pelas doen�as transmitidas pelo Aedes na capital.
“O papel de cada um da sociedade e da equipe da Secretaria, da Prefeitura � fundamental para que a gente chegue ao nosso objetivo de zero morte esse ano atrav�s das doen�as transmitidas pelo Aedes aegypti.”
O pesquisador do Instituto Ren� Rachou da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz-Minas), Luciano Pimenta tamb�m refor�ou que espera contar com o apoio da popula��o. Ele destaca que n�o adianta os agentes p�blicos fazerem um trabalho de fiscaliza��o e preven��o, visitando as casas, se depois os moradores esquecerem objetos que podem acumular �gua no quintal, por exemplo.
A��es de preven��o
Entre as a��es de preven��o e combate � essas doen�as est� o projeto Wolbachia, uma parceria entre a PBH, a Fiocruz-Minas e o World Mosquito Program (WMP), que tamb�m conta com apoio do Minist�rio da Sa�de.
A PBH destinou o local onde funcionava o Centro de Sa�de S�o Francisco, localizado na regional Pampulha, para construir a Biof�brica dos Mosquitos com a bact�ria Wolbachia, o Inset�rio da Prefeitura. Para a constru��o da estrutura, foram investidos R$ 469.384,80 da Sudecap nas obras de infraestrutura e R$ 212.500 da secretaria de Sa�de para o projeto de climatiza��o.
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Os mosquitos com a bact�ria Wolbachia produzidos no local com a tecnologia come�aram a ser liberados em outubro de 2020, em bairros de Venda Nova. A escolha levou em considera��o an�lise das s�ries hist�ricas de infesta��o e incid�ncia de doen�as causadas pelo mosquito.
As libera��es continuaram ao longo de 2021, em uma segunda fase do projeto que foi finalizada em maio de 2022. Em outubro do ano passado, teve in�cio a terceira etapa, com a expans�o da soltura para seis regionais da cidade. De outubro a dezembro, aproximadamente 5 milh�es de mosquitos foram liberados nas regionais: Barreiro, Centro-Sul, Oeste, Noroeste, Norte e Pampulha.
Wolbachia
A Wolbachia � uma bact�ria que n�o pode ser transmitida para humanos ou animais. Os mosquitos que carregam essa bact�ria ficam com a capacidade de transmitir os v�rus reduzida para pessoas, o que diminui o risco de surtos de dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
A bact�ria � introduzida nos mosquitos que s�o liberados no meio ambiente e estes se reproduzem com outros mosquitos ajudando a criar uma nova gera��o que carrega a bact�ria. Com o tempo, a porcentagem desses mosquitos aumenta, at� que permane�a alta sem a necessidade de novas libera��es. Segundo o projeto, ap�s cerca de 20 semanas de soltura, a expectativa � de que a popula��o de mosquitos com a bact�ria seja maior que a nativa.
Vistorias
Segundo a Secretaria de Sa�de, em 2022, os agentes de combate a endemias fizeram cerca de 4 milh�es de vistorias em im�veis da capital. Outra medida � a aplica��o de inseticida para combater os mosquitos em �reas com casos suspeitos de transmiss�o local. No ano passado, foram feitas cerca de 23 mil a��es deste tipo em im�veis de BH.
Outra medida de combate � o Levantamento R�pido do �ndice de Infesta��o por Aedes aegypti (LIRAa). O m�todo permite a identifica��o dos principais criadouros, al�m do n�vel de infesta��o. No �ltimo levantamento, feito em outubro de 2022, 83,3% dos focos encontrados estavam em resid�ncias.
Os principais locais encontrados foram:
- pratinhos de plantas (26,5%)
- inserv�veis (19,2%)
- recipientes dom�sticos (10,2%)
- barris/tambores (7,5%)
- pneus (6,3%)
Os agentes tamb�m atendem den�ncias de moradores, em locais com poss�veis focos do mosquito e pedidos de vistoria, que podem ser feitos pelo telefone 156 e pelo PBH App. Em 2022 foram mais de 800 pedidos de vistoria.