N�mero de mortes por dengue no pa�s em 2022 � o maior em seis anos
Dados do Boletim Epidemiol�gico de 2022, divulgados pelo Minist�rio da Sa�de, mostram que o n�mero de mortes por dengue foi quatro vezes maior do que em 2021
Per�odo chuvoso pede mais aten��o e cuidados para evitar a prolifera��o do mosquito causador da doen�a, o Aedes aegypti
41330/Pixabay
A esta��o mais quente do ano tamb�m � a mais chuvosa. A combina��o de calor e chuva s�o prop�cias � prolifera��o do mosquito transmissor da dengue: o Aedes Aegypti. O per�odo pede maior aten��o e cuidado para evitar ac�mulo de �gua parada em locais ao ar livre e eliminar os focos de reprodu��o do inseto. O Aedes Aegypti tamb�m � respons�vel pela transmiss�o de outras doen�as como a chickungunya, febre amarela e Zika.
A preocupa��o da sociedade m�dica � grande. Ap�s dois anos de redu��o, o n�mero de mortes pela dengue voltou a subir no Brasil: � o maior registrado nos �ltimos seis anos, segundo dados do Boletim Epidemiol�gico do Minist�rio da Sa�de (MS). At� o dia 10 de dezembro foram 980 mortes pela doen�a, 400% a mais do que em 2021, e mais de 1,4 milh�o de casos foram registrados, alta de 172,4%.
Em Minas Gerais, a Secretaria do Estado de Sa�de (SES) divulgou que tamb�m houve uma disparada de mortes e casos de dengue
Secretaria do Estado de Sa�de (SES)
Em Minas Gerais, a Secretaria do Estado de Sa�de (SES) divulgou que tamb�m houve uma disparada de mortes e casos da doen�a. At� o dia 20 de dezembro, o estado registrou 90.713 casos prov�veis (casos notificados exceto os descartados) de dengue. Desse total, 69.768 casos foram confirmados para a doen�a, uma alta de 340% em rela��o ao mesmo per�odo de 2021. Foram 63 mortes confirmadas e 20 est�o sob investiga��o at� o momento.
Infectologista da Funda��o S�o Francisco Xavier, Andr�a Maria de Assis Cabral alerta que � importante eliminar os criadouros do mosquito para evitar que ele se prolifere
Arquivo Pessoal
� nessa �poca que o mosquito transmissor da doen�a encontra o clima e o ambiente ideais para se reproduzir. Ele precisa de �gua parada para que possa botar seus ovos. “O v�rus da dengue � transmitido para humanos por meio da picada da f�mea do mosquito Aedes Aegypti infectado. Depois do per�odo de incuba��o, esse v�rus pode ser transmitido para outras pessoas que forem picadas pelo mesmo inseto. Por isso, � importante eliminar os criadouros do mosquito e, assim, evitar que ele se prolifere”, explica a infectologista da Funda��o S�o Francisco Xavier, Andr�a Maria de Assis Cabral.
O v�rus n�o � transmiss�vel de uma pessoa para outra, a n�o ser em casos de transmiss�o vertical, ou seja, de uma gestante para o seu beb� ou por transfus�o sangu�nea.
Sintomas
A infec��o por dengue pode ser assintom�tica (sem sintomas), leve ou grave. “A dengue � uma doen�a febril aguda, sist�mica e din�mica, variando desde casos assintom�ticos a quadros graves, inclusive �bitos. Nos casos sintom�ticos pode apresentar tr�s fases cl�nicas: febril, cr�tica e de recupera��o”, explica a infectologista.
Dentre os principais sintomas est�o febre alta, dor no corpo e articula��es, dor atr�s dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabe�a e manchas avermelhadas pelo corpo.
O primeiro sintoma da dengue costuma ser a febre alta que dura entre 2 a 7 dias acompanhado de fraqueza e dores pelo corpo. Nessa fase febril � mais dif�cil diferenciar a doen�a de outras enfermidades, por isso a import�ncia de procurar um atendimento m�dico em caso de suspeita.
Gravidade
A doen�a pode evoluir para formas mais graves. Entre os sinais de alarme est�o dores abdominais intensas, v�mitos persistentes, sangramento de mucosa, ac�mulo de l�quidos, aumento progressivo de gl�bulos vermelhos ou hem�cias no sangue, tontura e queda de press�o em determinadas posi��es, perda de sensibilidade e movimentos ou irritabilidade.
Cabral alerta que os casos graves resultam em choque, que acontece quando um grande volume de plasma � perdido. “Os sinais s�o pulso r�pido e fraco, diminui��o da press�o, extremidades frias, pele pegajosa e agita��o. Convuls�es tamb�m podem se manifestar em alguns pacientes. O choque tem dura��o curta e pode levar ao �bito em 12 a 24 horas, ou � recupera��o r�pida, ap�s terapia antichoque apropriada”, ressalta.
Preven��o
A principal forma de prevenir a dengue e outras arboviroses (doen�as causadas por v�rus transmitidos, principalmente, por mosquitos) como a chikungunya, febre amarela e Zika � evitar a prolifera��o do mosquito Aedes Aegypti. Dessa forma � importante tomar cuidados com criadouros e eliminar �gua armazenada, como em pneus, garrafas pl�sticas, piscinas sem uso e sem manuten��o, vasos de plantas e, at� mesmo, recipientes pequenos. � importante tamb�m trocar a �gua dos animais de estima��o.
“Uma forma de prote��o �s picadas do Aedes Aegypti � a utiliza��o de roupas que reduzam a exposi��o da pele durante o dia, quando os mosquitos s�o mais ativos. Vale tamb�m utilizar repelentes, inseticidas e mosquiteiros como rotina diurna e noturna das fam�lias”, finaliza Andr�a.
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