
De acordo com a corpora��o, o cadastro atende requisitos legais, de forma que perfis gen�ticos de familiares de pessoas desaparecidas, por exemplo, n�o podem ser usados para outras finalidades, como nas investiga��es criminais. Nesse campo, os materiais incluem, em sua maioria, vest�gios coletados em locais de crimes e de v�timas de crimes sexuais, al�m de pessoas condenadas.
Ao lado de outros 21 estados, a PCMG faz parte da Rede Integrada de Bancos de Perfis Gen�ticos (RIBPG), que re�ne 175,5 mil amostras. Pelo terceiro ano consecutivo, o Estado alcan�ou o primeiro lugar em n�mero de inser��es, em valores absolutos, no Banco Nacional de Perfis Gen�ticos na categoria “Identifica��o Criminal”.
O destaque de Minas Gerais no cen�rio do pa�s, segundo o administrador do BPG-MG, o perito da PCMG Giovanni Vitral Pinto, � resultado de uma somat�ria de esfor�os, como a parceria da Pol�cia Civil, por meio dos setores de per�cia criminal e medicina legal na capital e no interior, com o Departamento Penitenci�rio de Minas Gerais (Depen-MG) e a Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica (Sejusp).
“Nosso laborat�rio inicia seus trabalhos com exames de triagem em amostras biol�gicas coletadas em local de crime (vest�gios). Esses exames compreendem a pesquisa de esperma e de sangue humano. Ap�s a triagem, fazemos a an�lise do DNA presente nas amostras. O perfil gen�tico (sequ�ncia num�rica que identifica um indiv�duo) obtido nas amostras analisadas pode ser confrontado com v�timas e/ou suspeitos de terem cometido o crime”, explica Giovani.
Compartilhamento de informa��es
Apesar de possuir o maior banco de perfis gen�ticos do pa�s, a parceria entre as institui��es brasileiras � fundamental para as investiga��es em curso. Nessa ter�a-feira (24/1), o Instituto M�dico Legal de Belo Horizonte conseguiu identificar dois corpos da fam�lia desaparecida no Distrito Federal, a partir do envio de amostras gen�ticas.
Renata Belchior, de 55 anos, e Gabriela Belchior, de 22 anos, respectivamente, esposa e filha de Marcos Belchior, um dos principais suspeitos de encomendar a morte da pr�pria fam�lia no Distrito Federal, foram reconhecidas a partir de amostras de DNA do corpo de Marcos, encontrado na unidade federativa. M�e e filha foram encontradas carbonizadas em um carro na BR-251, em Una�, no �ltimo dia 16.
Conforme a m�dica-legista e diretora do IML, Naray Jesimar, amostras de DNA de Marcos apontaram a paternidade do corpo mais jovem. A partir da�, houve a identifica��o da maternidade. “Tendo sido encaminhados os dados do Marcos, que era um dos supostos mandantes do crime, mas que depois foi encontrado morto tamb�m, foi poss�vel encaminhar os dados desses exames para a Pol�cia Civil de Minas Gerais, foi feito esse exame ent�o de trio, que a gente diz, e foi poss�vel identificar ent�o a esposa e a filha do casal”, explicou.