
Um jovem de 23 anos confessou o crime � advogada dele, que acionou a Pol�cia Militar (PM). O relato foi feito pouco antes de o suspeito, que sofre de esquizofrenia, se internar em um hospital psiqui�trico no bairro Santa Efig�nia, na regi�o Leste de BH.
Em 2017, o jovem confessou ter matado a pr�pria m�e, no bairro Tirol, na regi�o do Barreiro. Na ocasi�o, ele teria 17 anos. A v�tima foi encontrada no quarto do filho, amorda�ada, amarrada com fita crepe e usando uma esp�cie de m�scara.
J� no caso mais antigo, em maio do ano passado, um homem de 67 anos foi detido ap�s esfaquear seu vizinho, de 28 anos. A v�tima, que era filha de um desembargador do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais, precisou ser levada para o Hospital Jo�o XXIII e passou por cirurgia, mas n�o resistiu. O crime teria sido motivado por barulhos que o suspeito fazia em seu apartamento.
De acordo com o boletim de ocorr�ncia, assim que chegaram ao condom�nio em que residem os dois envolvidos, os militares encontraram a v�tima ca�da no ch�o, muito p�lida e com a esposa chorando. Devido � urg�ncia dos ferimentos, ele foi conduzido imediatamente para o hospital.
Al�vio
Uma moradora do condom�nio conversou com a reportagem do Estado de Minas e confirmou que, apesar dos sustos, est� aliviada. Isso porque, segundo ela, ambos os suspeitos possuem hist�ricos de problemas ps�quicos, o que tornava a dif�cil conviv�ncia no edif�cio. “Por pior que seja, n�o tenho que me preocupar mais quando fico sozinha no corredor do pr�dio, por exemplo”, confessa.
De acordo com a mulher, o jovem de 23 anos j� havia amea�ado outros moradores e sempre seguia as vizinhas pelos corredores. Ela lembra que, apesar de morar em um bloco diferente do suspeito, ele sempre ia atr�s dela.
“Se ele via que eu estava recebendo delivery, ele ficava parado na porta interna para me esperar voltar. Tinha que pedir ao motoboy para me levar no apartamento”, relata.
Apesar dos recentes acontecimentos, a moradora afirma que n�o pretende se mudar do local. Ela explica que os cond�minos j� decidiram pedir a um padre para benzer o local, com o objetivo de deixar o ambiente mais leve.
“Acho que agora j� foi e gosto muito do meu apartamento. Tenho vizinho que j� p�s para vender (apartamento), depois disso, mas a maioria leva na boa”, conclui.
Medo continua
Ao contr�rio da moradora do Condom�nio Zenith, uma outra pessoa, que reside na mesma rua, contou � reportagem que, ap�s os epis�dios no local, tem tido medo por n�o saber “quem � a pessoa que est� ao lado”. Ela relata que depois de o corpo, no caso mais recente, ter sido encontrado no apartamento, ficou sabendo que o suspeito frequentava os mesmos locais que ela.
“A quest�o da seguran�a nunca foi t�o gritante aqui no bairro. O que tem me dado medo agora � justamente n�o saber quem � a pessoa que est� ao meu lado, por exemplo. N�s ficamos sabendo do caso pela m�dia, e s� depois soube que ele frequentava a mesma padaria que eu”, relata.
Conforme a mulher, quando fica sabendo de algo s�rio que aconteceu no bairro, a ocorr�ncia sempre � no pr�dio "dos homic�dios". “A noite, eu tenho medo de passar l� na frente. Durante o dia � mais tranquilo, mas mais tarde j� acho bem perigoso", disse.