
“No pr�ximo ano, a Cemig, a Gasmig e a Copasa j� se comprometeram a colocar recursos e aumentar esses valores. N�s vamos procurar outros parceiros, para que tamb�m via lei de incentivo, ou tamb�m de forma direta, possam financiar o carnaval”, disse Le�nidas.
O secret�rio destacou, ainda, o impacto econ�mico que o carnaval trouxe para Minas Gerais e que � importante fazer os empres�rios entenderem isso.
“Eu acho que � important�ssima a pesquisa que o Sebrae e a UFMG v�o come�ar a fazer agora para mostrar a pot�ncia de R$ 1,6 bilh�o na economia e que investir em cultura significa gerar emprego e renda. E fazer com que os empres�rios compreendam o fen�meno carnaval, eminentemente uma das festas mais populares que temos nesse pa�s, porque une todas as artes”, falou Oliveira.
Por fim, Le�nidas garantiu que o carnaval de 2024 ter� mais recursos e parcerias que far�o a folia ainda melhor em Minas Gerais.
“Deixo meu compromisso aqui, que no ano que vem n�s teremos ainda mais recursos, mais editais, mais parcerias com a sociedade civil, para fazermos um carnaval cada vez melhor, mais qualificado e, sobretudo, mais humano e centrado numa cultura da paz”, finalizou.
Apesar das promessas, o Governo de Minas ainda n�o falou nos valores desses aumentos nem sobre a expectativa de arrecada��o junto � iniciativa privada.
Falta de patroc�nio
O Estado de Minas ouviu organizadores de diversos blocos que desfilaram durante a folia para entender a vis�o de quem fez a festa funcionar. A dificuldade em conseguir patroc�nios privados foi a principal queixa dos blocos, que cobraram a realoca��o de parte dos lucros dos estabelecimentos comerciais e de servi�os durante o per�odo para aqueles que fazem a festa.
Gustavo Caetano, fundador e mestre do Queixinho, afirmou que apesar de se vender a ideia de que o carnaval de Belo Horizonte � um dos maiores do pa�s, � preciso ter mais que um grande n�mero de turistas para que a festa realmente seja consolidada. “Tem que aumentar a estrutura e capta��o de investimentos. Tem que incentivar as empresas privadas, que s�o beneficiadas pelo carnaval, a retornar parte desse dinheiro em forma de investimento. N�o adianta falar que � o maior carnaval se quem realmente faz a festa fica sem estrutura. Esse � um ponto que a gente tem que melhorar, e r�pido”, defendeu.
“� inadmiss�vel que empresas que s�o diretamente beneficiadas pelo carnaval, como cervejarias, aplicativos de transporte, de alimenta��o, hospedagem, rede hoteleira, drogarias e empresas de �nibus e avia��o n�o ajudem. Est� na hora de as empresas serem cobradas, seja por decreto, seja por meio dos impostos. E esse dinheiro tem que entrar diretamente para quem faz a festa, que s�o os blocos. A gente n�o precisa de intermedi�rio”, completou.
Geo Ozado, presidente da Liga Belo-Horizontina de Blocos Carnavalescos e organizador do Baianas Ozadas, lamentou os problemas financeiros enfrentados pelos blocos. “Muitos blocos tiveram dificuldades de prospec��o de patroc�nio, o que gerou dificuldades financeiras. A coisa cresceu e as responsabilidades cresceram tamb�m. Temos que ter cuidado e carinho com a festa, com o p�blico. Espero que os governos estadual e municipal, independentemente de disputas ideol�gicas, possam dar as m�os para, juntos com a gente e todos os �rg�os envolvidos, fazer dessa a melhor festa poss�vel.”