Mexicano dirige microdocument�rio sobre carnaval de BH
O registro mostra que o carnaval � uma forma de manifesta��o pol�tica e tamb�m uma maneira de movimentar o mercado financeiro e cultural da cidade
Com o desejo de registrar o lado s�cio-pol�tico do carnaval de Belo Horizonte, o mexicano Juan Blancas dirigiu um microdocumentario com registros e depoimentos de foli�es em um domingo de festa.
O trabalho foi postado no perfil ‘Arte ser’ (@arte.ser) no Instagram nesta segunda-feira (20/3). O v�deo de cerca de 4 minutos mostra a folia do Cortejo Zodi%u0301aco e conta com mais de 5 mil visualiza��es.
O mexicano, que trabalha como gerente de marketing, fotografia e cinegrafia, conta que conheceu o carnaval brasileiro em 2017. O amor por ele foi tanto a ponto de tocar m�sica em desfiles. Foi dessa paix�o que surgiu a vontade de fazer um registro da folia.
“H� muito tempo que eu queria procurar um espa�o para esse tipo de conte�do que eu via que tinha pouco, pelo menos no meu c�rculo [social]”, disse.
O contato com pessoas que produzem o carnaval ensinou Juan sobre a cultura brasileira. Ele conta que j� conhecia o carnaval como forma de manifesta��o pol�tica e tamb�m maneira de movimentar o mercado financeiro e cultural da cidade. Esses fatores, ali�s, s�o destaques nas entrevistas e nas imagens do microdocumentario.
O v�deo de cerca de 4 minutos mostra a folia do Cortejo Zod�aco e conta com mais de 5 mil visualiza��es. (foto: Reprodu��o @arte.ser)
Outro fator que o inspirou a produzir o projeto � que, na vis�o dele, o carnaval acaba sendo pouco registrado depois da festa. “Acaba acontecendo e n�o fica documentado. Ou � documentado de uma forma muito silenciosa. N�o se sabe de onde vem”, afirma.
Como conte�do do v�deo, Juan cita os movimentos ‘Ele n�o’ e ‘Zero ass�dio’ como fortes na capital mineira. Ele tamb�m destaca como o carnaval movimenta a economia e a cultura de uma cidade.
“Todos os microneg�cios que surgem fazem parte do carnaval, porque � vestimenta, fantasia, artes. Conhe�o muitas pessoas que acabam absorvendo uma arte, m�sica, pessoas que aprendem um novo instrumento”.
O domingo foi ideal para as grava��es, j� que a rua Sapuca�, no Bairro Floresta, na Regi�o Centro-Sul da capital mineira, estaria fechada para a folia no �ltimo domingo (19/3). “Cheguei l� com a minha c�mera e comecei a levantar conte�do”, conta.
Ele conta que saiu de casa com a cabe�a de que iria entrevistar foli�es e vendedores ambulantes para um apanhado de informa��es. Mas boas surpresas completaram o roteiro.
“Por sorte, eu encontrei tr�s pessoas, uma de Bras�lia e outras duas de BH. Foi muito curioso pois quando eu entrevistei os tr�s, eles falaram timidamente. Mas, quando eu desliguei a c�mera, um colega come�ou a falar muito mais fluidamente sobre o que eu queria falar. Ent�o, eu pedi para ele esperar e liguei a c�mera novamente. Ele foi um fio-condutor para montar o document�rio”, disse com bom humor.
O autor do document�rio tamb�m citou a pernalta Gabriela como um dos destaques do trabalho. “Ela � uma pessoa que mexia com carnaval, mas n�o se atrevia a trabalhar nele”, afirma.
