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Estado de Minas DUPLO HOMIC�DIO

Mulher que matou a m�e e a filha � indiciada por crime por motivo torpe

O fato de a idosa ter cortado o dinheiro que dava para a filha pagar presta��o de casa e condom�nio, e que era desviado, foi motivo dos crimes


27/03/2023 08:37 - atualizado 27/03/2023 13:23

Os delegados Frederico Abelha, Letícia Gamboge e Iara França anunciara indiciamento da mulher que matou sua mãe e filha
Os delegados Frederico Abelha, Let�cia Gamboge e Iara Fran�a anunciara indiciamento da mulher que matou sua m�e e filha (foto: Jair Amaral/EM D. A. Press)

O fim do dinheiro que era dado pela m�e, para pagar a presta��o do apartamento em que moravam e o condom�nio do edif�cio, que j� n�o era repassado h� cerca de um ano, foram as causas dos assassinato praticados por uma mulher, de 34 anos, que matou a m�e dela, Maria do Ros�rio de F�tima Pinto, a “R�”, de 67 anos, e da filha, Agatha, de 10 anos, na resid�ncia em que moravam, no Bairro Piratininga, em Venda Nova. A idosa foi morta em 13 de mar�o, e a filha, no dia seguinte. A autora, que confessou os crimes, est� sendo indiciada por duplo homic�dio qualificado por motivo torpe.


O caso mobilizou grande parte da Pol�cia Civil. Participaram das investiga��es, a delegada-chefe do xxxxx, o delegado Frederico Abelha, do Departamento de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP), e a delegada de homic�dios de Venda Nova, Iara Fran�a.


Os crimes, segundo os delegados Abelha e Fran�a, tudo come�ou devido � gan�ncia da filha, que era envolvida com drogas, maconha e coca�na, cuja aquisi��o era feita com o dinheiro repassado pela m�e, “R�”, que n�o sabia que a filha a enganava.


“A presta��o do apartamento j� havia acabado h� cerca de um ano e a filha n�o havia falado nada, pois seguia pegando dinheiro e gastando com drogas”, diz o delegado Abelha.


A delegada Fran�a conta uma hist�ria ainda pior, a de que a m�e n�o se importava com a filha. “A menina estudava numa escola integral, para n�o ficar dentro de casa. Sua m�e era faxineira e trabalhava de segunda a s�bado, muitas vezes, fazendo duas faxinas por dia. A filha n�o contou que o apartamento tinha sido quitado, somente para ficar com o dinheiro. Ela n�o gostava de trabalhar. Ali�s, nunca trabalhou.”


Existe ainda uma outra hist�ria, que a delegada Gamboge considera aterrorizante, em meio a toda a trag�dia. “O pai da menina de 10 anos, Agatha, era traficante e foi morto em 2008. Depois disso, a mulher tratou de afastar a filha da fam�lia do pai.”


“Ela n�o permitia o conv�vio da menina com os parentes do pai, nem com uma tia, que era sua madrinha. S� permitia que a menina visse os parentes do pai no natal e em seu anivers�rio, nada mais”, completa a delegada fran�a.

Os crimes

A delegada Fran�a fala que nunca tinha presidido um inqu�rito que tivesse tanta crueldade. “A mulher fingiu estar brincando com a m�e, e aplicou-lhe um estrangulamento”, diz Fran�a. “Foi um mata-le�o, golpe de MMA”, afirma Abelha.


Depois desse crime, no dia 13, segundo os delegados, a mulher colocou a m�e na cama e cobriu o corpo com uma coberta. “Ainda jogou borra de caf� em volta do corpo, para que este n�o cheirasse”, conta Fran�a.


A trag�dia continuou no mesmo dia, quando, segundo Fran�a, a mulher chamou a filha e disse que ela preferia ser morta ou ir para uma creche, pois ela, sua m�e, seria presa, por ter matado a av� de Agatha, a idosa, m�e dela.


“Ela ainda tentou matar Agatha, cortando-lhe os pulsos, mas a faca estava cega. Produziu dois machucados nos bra�os da menina, que teria chorado muiito. A m�e chegou a colocar um sof� atr�s da porta, para que ningu�m entrasse. E tamb�m trancou o cachorro da fam�lia num quarto, para que ningu�m ouvisse seu latido”, conta ela.


Foi no dia seguinte, 14 de mar�o, que a mulher amarrou a filha. “Ela amarrou, com uma calcinha, os bra�os da filha nas costas e, em seguida, a estrangulou”, afirma a delegada Fran�a.

A pris�o

Os corpos foram descobertos somente no dia 15, quando vizinhos sentiram cheiro de g�s - a mulher havia ligado as quatro bocas do fog�o - e chamaram o Corpo de Bombeiros. Eles tamb�m estranharam que, nos tr�s dias anteriores, nem “R�”, que era bastante popular no pr�dio e na vizinhan�a, nem Agatha ou a m�e eram vistas.


Os bombeiros chegaram ao local e arrombaram a porta. Encontraram a mulher com o rosto colado numa boca de fog�o. Mas estava consciente. Foram at� os quartos e encontraram os corpos da idosa e da crian�a.


“Nas investiga��es, os policiais descobriram que “foram os amigos dela ["R�"] que chamaram sua aten��o para o fato de o apartamento j� ter sido quitado. Alertaram, ainda, que sua filha a estava enganando, para ficar com o dinheiro”, conta a delegada Fran�a.


Segundo ela, esse seria o motivo para que matasse a m�e e a filha. “Ela n�o teria mais dinheiro, por isso, teria decidido matar a m�e e a filha”, afirma.


Ainda de acordo com a delegada, em momento algum a assassina demonstrou ter problemas mentais. “Ela foi presa e levada para o pres�dio. De l�, ela foi enviada para um hospital, para ser examinada. N�o temos ainda o resultado”, diz Fran�a.


O fato de a matadora ter ou n�o problemas mentais � indiferente, segundo o delegado Abelha. “Ela n�o � inimput�vel, Mesmo se apresentar problemas mentais. Ela demonstrou que tudo foi meticulosamente estudado. Ela n�o demonstra, hora nenhuma, ser uma pessoa perturbada.”

Caso tr�gico

O delegado Abelha conta que esse � um dos casos mais violentos com que j� trabalhou. “Em 2021, eu investiguei o caso de um menino, de 11 anos, que foi assassinado a facadas pelo pai, na Rua Ant�nio Aleixo, no Bairro Santo Ant�nio.


"Realmente � um dos casos mais tristes com que trabalhei. Chega a ser revoltante. Um filho que mata a m�e, que assassina um filho, � revoltante”, afirma Abelha.


 


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