
Uma situa��o inusitada e ao mesmo tempo emocionante. Assim o sargento Watson, da Pol�cia Militar explica como foi descobrir retirar a mulher de 36 anos de dentro de um t�mulo, no Cemit�rio de Visconde do Rio Branco, na �ltima segunda-feira (27/3).
Os fatos e cenas n�o saem da cabe�a do policial, que relembra ter recebido um chamado pelo r�dio da viatura da PM, informando que a central da Pol�cia Militar tinha recebido uma den�ncia de viola��o de t�mulo. No momento, ele estava com o soldado Guilherme, seu parceiro do dia a dia.
“Os coveiros entraram em contato com a PM, atrav�s do 190, oferecendo a den�ncia e n�s fomos acionados. Quando chegamos ao local, veio a surpresa. � uma situa��o inesperada. A gente nunca imagina que isso possa acontecer”, diz o sargento Watson.
Ainda segundo o militar, assim que se aproximaram do t�mulo, que � na vertical como na maioria dos cemit�rios antigos em que os jazigos ficam nas paredes, ele ouviu uma voz.
“No primeiro momento, n�o acreditei. Estava ouvindo uma voz saindo do t�mulo. Mas n�o tive medo e nem pensei que pudesse ser uma alma penada. Percebi que o fechamento do t�mulo estava diferente. N�o era com tijolos, como a maioria. Eram lajotas. A�, falei com o meu parceiro, o soldado Guilherme e chamamos um pedreiro que trabalhava em outro t�mulo, pedindo para abrir aquele”, conta ele.
Quando a lajota foi tirada, eles viram a mulher no interior do t�mulo, muito machucada. “Ela � conhecida de todos aqui, como usu�ria de drogas, assim como seu companheiro atual. Chamamos o Samu, que a levou para o Hospital S�o Jo�o Batista”.
O militar diz ainda que esse foi um dos momentos mais emocionantes de sua vida, pois p�de ajudar uma pessoa que precisava. “Fico feliz por isso e tor�o pela recupera��o dela", comenta.
A verdadeira hist�ria
Segundo o sargento Watson, toda a situa��o da arma e das drogas que tinham sido entregues pelos traficantes para serem guardados pela mulher, divulgada como a poss�vel motiva��o para o crime, provavelmente n�o � real. De acordo com a vers�o do militar, quem teria ficado com a arma e as drogas seria o companheiro da v�tima.
“Quando os dois traficantes chegaram � casa deles, o parceiro da mulher tamb�m estava no local. Eles teriam come�ado a bater na mulher, para que entregasse o que lhes pertencia. O homem, ent�o, fugiu. Ele conseguiu escapar, e a deixou sozinha”, diz o militar.
A mulher e o homem, al�m de usu�rios de drogas, tamb�m s�o conhecidos, como catadores de lixo pela cidade. A v�tima enterrada viva continua internada no Hospital S�o Jo�o Batista e, segundo informa��es de um funcion�rio, est� em estado grave e requer cuidados especiais.
As pol�cias Civil e Militar ainda n�o conseguiram encontrar os dois traficantes, que seriam os autores das agress�es e respons�veis pelo sepultamento da mulher viva no cemit�rio da cidade.