
O fechamento das atividades no Aeroporto Carlos Prates, na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte, teve impacto inevit�vel. Com raz�es em mais de um lado, agora a quest�o � amenizar as consequ�ncias dentro da nova realidade, priorizando a seguran�a da popula��o.
A partir deste s�bado (1°/4), pousos e decolagens no Aeroporto est�o proibidos por determina��o da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac). A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) j� assumiu a seguran�a do local, com equipes da Guarda Civil Municipal (GCMBH). Al�m da Unidade de Seguran�a Preventiva (USP), foram empenhados 40 agentes e mais de 10 viaturas da GCMBH.
Empresas que atuam no local, entre elas, escolas de pilotagem e oficinas de manuten��o de aeronaves, ter�o suas atividades paralisadas, assim como os pousos e decolagens de avi�es e helic�pteros.
Em nota para a imprensa, a Associa��o Voa Prates se manifestou:
"Uma bomba formada por falta de di�logo, vis�o de futuro, enorme dose de covardia e total ignor�ncia sobre a import�ncia da atividade aeroportu�ria por parte dos governantes brasileiros nas esferas Federal, Estadual e Municipal caiu sobre a avia��o brasileira. E �, provavelmente, a maior agress�o da hist�ria � ind�stria do conhecimento aeroespacial do mundo este fechamento de cinco escolas de avia��o ao mesmo tempo".
No entendimento da Associa��o Voa Prates, que representa empres�rios, pilotos, instrutores, mec�nicos e mais de 500 empregados que atuam no aeroporto Carlos Prates, "o descaso e abandono est� levando ao fim, com uma �nica canetada, o segundo mais movimentado aeroporto Estado de Minas Gerais".
Leia tamb�m: Aeroporto Carlos Prates: Guarda Municipal refor�a seguran�a em acessos.
Ainda de acordo com a nota, "a falta de sensibilidade dos governos Federal, Estadual e Municipal arruinam, ainda, o maior centro formador de aeronautas de Minas e segundo maior da Am�rica Latina, que deixa de formar mais de mil pilotos por ano".
"A vis�o tacanha e eleitoreira dessas tr�s inst�ncias de poder encerra as atividades de 15 empresas e deixa desempregadas e desamparadas mais de 500 fam�lias. O Brasil e Minas Gerais provaram que preferem caminhar na contram�o do mundo desenvolvido. Fechar um aeroporto dessa import�ncia � voltar d�cadas no tempo; uma a��o dessa demora muitos anos para ser assimilada pela sociedade", destaca a nota.
Quanto aos pr�ximos passos, A Voa Prates reafirma que vai seguir trabalhando para mostrar "a import�ncia desse complexo aeroportu�rio, seu alt�ssimo grau de seguran�a e total viabilidade econ�mica, como j� foi provado por estudos apresentados aos governos Estadual e Federal. E continua firme no prop�sito de dialogar em todas as inst�ncias e provar que ainda � poss�vel n�o cometer esse absurdo contra a avia��o mundial, criada neste mesmo pa�s que agora fecha aeroportos e escolas".
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, esteve em Bras�lia, na �ltima quarta-feira (29/3), para tentar negociar uma prorroga��o, em seis meses, do prazo para a retirada do material das empresas. Apesar disso, o Governo Federal manteve o plano de desmobiliza��o.
Lamento
Em post na pr�pria conta do Instagram, Estevam Siqueira, piloto formado no Carlos Prates e, agora, professor de avia��o, escreveu: "Triste fim SBPR %uD83D%uDE14 Aqui eu fiz meu primeiro v�o… fiz minha primeira aula… fiz meu primeiro pouso… voei sozinho pela primeira vez… e tudo isso s� foi poss�vel pela sua localiza��o privilegiada, ia at� a p� pra l� qdo precisava… assim como eu, muitos colegas iam a p� ou de �nibus tbm… somente na �poca em que trabalhei por l�, vi a forma��o de mais de 150 pilotos… vi alunos meus virando comandantes internacionais… conheci amigos l� que hoje s�o meus irm�os… Aeroporto Carlos Prates faz parte da minha hist�ria!!!"
Os acidentes no aeroporto
Desde 2012, o aeroporto Carlos Prate j� registrou 39 acidentes e incidentes, de graves a com menor gravidade. Os dados s�o do Centro de Investiga��o de Preven��o de Acidentes Aeron�uticos (Cenipa). O �ltimo foi no dia 11 de mar�o de 2023, no Bairro Jardim Montanh�s, em que uma aeronave caiu e atingiu duas resid�ncias, terminando com a morte do piloto.
Nota da Associa��o Voa Prates na �ntregra
NOTA � IMPRENSA
Uma bomba formada por falta de di�logo, vis�o de futuro, enorme dose de covardia e total ignor�ncia sobre a import�ncia da atividade aeroportu�ria por parte dos governantes brasileiros nas esferas Federal, Estadual e Municipal caiu sobre a avia��o brasileira. E �, provavelmente, a maior agress�o da hist�ria � ind�stria do conhecimento aeroespacial do mundo o fechamento de cinco escolas de avia��o ao mesmo tempo.
Este � o entendimento da Associa��o Voa Prates, que representa empres�rios, pilotos, instrutores, mec�nicos e mais de 500 empregados que atuam no aeroporto Carlos Prates, em rela��o ao descaso e abandono que est� levando ao fim, com uma �nica canetada, o segundo mais movimentado aeroporto Estado de Minas Gerais.
A falta de sensibilidade dos governos federal, estadual e municipal arruinam ainda o maior centro formador de aeronautas de Minas e segundo maior da Am�rica Latina, que deixa de formar mais de mil pilotos por ano.
A vis�o tacanha e eleitoreira dessas tr�s inst�ncias de poder encerrar as atividades de 15 empresas e deixar desempregadas e desamparadas mais de 500 fam�lias. O Brasil e Minas Gerais provaram que preferem caminhar na contram�o do mundo desenvolvido e retroceder.
Fechar um aeroporto dessa import�ncia � voltar d�cadas no tempo uma a��o dessa demora muitos anos para ser assimilada pela sociedade.
A Voa Prates reafirma que vai seguir trabalhando para mostrar a import�ncia desse complexo aeroportu�rio, seu alt�ssimo grau de seguran�a e total viabilidade econ�mica, como j� foi provado por estudos apresentados aos governos Estadual e Federal. E continua firme no prop�sito de dialogar em todas as inst�ncias e provar que ainda � poss�vel n�o cometer esse absurdo contra a avia��o mundial, criada neste mesmo pais que agora fecha aeroportos e escolas.