
A estrutura funer�ria foi identificada em 2004, no s�tio arqueol�gico Lapa do Caboclo, em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, durante as escava��es da pesquisa conduzida pelo arque�logo e professor do Departamento de Antropologia e Arqueologia da UFMG, Andrei Isnardis.
As imagens geradas no exame ser�o utilizadas em pesquisa de mestrado iniciada em 2022 e desenvolvida pela arque�loga Gabrielle Ferreira – ind�gena do povo Borum-Kren com ancestrais Puri – no programa de p�s-gradua��o em antropologia da UFMG.
Com as grava��es ser� poss�vel, conforme a UFMG, a “an�lise dos ossos ali depositados, a fim de que se possa tra�ar aspectos da hist�ria de vida da crian�a e de seu povo, ainda n�o identificado, o que poder� contribuir para ampliar conhecimentos sobre a hist�ria ind�gena no territ�rio onde se localiza hoje o estado de Minas Gerais”. Os resultados da tomografia v�o compor o acervo do museu.
Segundo a UFMG, o sepultamento pode ter ocorrido entre 600 e 1.300 anos, conforme analisado pelos pesquisadores. Cabe lembrar que a maior parte dos sepultamentos humanos provenientes de pesquisas arqueol�gicas que integram o acervo do museu foi atingida por um inc�ndio no local em 2020. Por�m, a estrutura em investiga��o por meio de tomografia n�o sofreu nenhum tipo de avaria � �poca.
A realiza��o da tomografia computadorizada em sepultamentos antigos do Brasil � um procedimento raro, sendo feita pela primeira vez no Hospital das Cl�nicas. O procedimento que mais se aproxima disso � o feito em partes anat�micas de pessoas falecidas, mas com tecido e ossos.
A tomografia foi comunicada ao Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan), que foi acionado pela comiss�o do Museu de Hist�ria Natural e Jardim Bot�nico para que o deslocamento da estrutura funer�ria fosse feito sob amparo de toda a legalidade jur�dica que casos como esse exigem, pontuou a UFMG.