
Mas o que significa cada dia da Semana Santa, um per�odo m�vel no calend�rio da Igreja Cat�lica que ocorre no fim da quaresma? Entre uma cidade e outra, h� diferen�a na programa��o das prociss�es devido a tradi��es seculares, e tamb�m a exist�ncia de costumes muito pr�prios dos locais. No quadro abaixo, s�o apresentados os significados de alguns cortejos e ritos.
1)Domingo de Ramos - No primeiro dia da Semana Santa, os fi�is participaram da prociss�o que lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusal�m. Ele vem montado num burrinho e as pessoas, nas ruas, acenam com ramos para o filho de Davi. Esse momento marca o per�odo conhecido como Paix�o de Cristo, com a posterior crucifica��o e ressurrei��o. "H� um paradoxo, uma ambival�ncia. Ao mesmo tempo em que uma multid�o acolhe Jesus triunfante em Jerusal�m, a mesma multid�o vai endossar o coro do 'Crucifica-o' e 'Solte Barrab�s e "Prendam Jesus', o que nos mostra nossas contradi��es", afirma padre Marcelo Carlos da Silva.
2)Prociss�o do Dep�sito - Ocorre geralmente na segunda-feira. Trata-se da pris�o de Jesus, da� ele ficar dentro do baldaquino, um cortinado fechado. � tamb�m chamada de Prociss�o de Nosso Senhor dos Passos. No interior, o cortejo vai parando nos "passos" ou pequenos orat�rios representando a via-sacra de Jesus. Dep�sito significa que Cristo vai ser "depositado" ou "deixado", para depois haver o encontro.
3)Prociss�o de Nossa Senhora das Dores ou Soledade - A imagem de Nossa Senhora, vestida de roxo e com a espada cravada no peito, simbolizando a dor extrema, sai � procura do filho martirizado. Percorre as ruas das cidades ao som dos motetos (c�nticos em latim). O cortejo sai na ter�a-feira.

4)Prociss�o do Encontro - O encontro entre Nossa Senhora das Dores e o filho, Jesus, ocorre geralmente na quarta-feira, ap�s duas prociss�es. A imagem de Jesus, cujo andor � adornado apenas por homens, sai do templo para onde foi na noite de segunda-feira, enquanto a de Nossa Senhora das Dores, em andor arrumado por mulheres, parte da capela ou igreja aonde chegou no dia anterior. Depois do encontro, num ponto central da cidade, os dois grupos seguem em dire��o � igreja matriz ou santu�rio. "Assim, o povo vai preparando o desfecho da Paix�o e Morte de Cristo", diz o padre.
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5)Lava-p�s - Realizado na quinta-feira, � a institui��o da eucaristia, que marca dois momentos: s� se pode celebrar a Missa da Unidade e n�o outras, e, nela, ser�o aben�oados os santos �leos. Relembra, tamb�m, a �ltima ceia de Jesus com os 12 ap�stolos. Num gesto de humildade, o Messias lavou os p�s dos disc�pulos. Neste dia, come�a o tr�duo pascal, que vai at� o domingo.
6)Prociss�o do Enterro de Jesus - Na sexta-feira da Paix�o ou Santa, n�o h� missas nem toque de sino, apenas o som das matracas rompendo o sil�ncio. Neste dia, h� o Serm�o das Sete Palavras, a cerim�nia do Descendimento da Cruz, com a retirada de Jesus da cruz, e a Prociss�o do Enterro. "N�o h� missa neste dia nem confiss�o, pois a fonte de todos os sacramentos � Cristo, e a fonte est� morta. H� muito sil�ncio", orienta o p�roco.
7)S�bado Santo - Na v�spera da ressurrei��o, as igrejas promovem a B�n��o do Fogo Novo, a chama (m�e de todas as luzes que vai acender o C�rio Pascal, a m�e de todas as luzes, e a Vig�lia Pascal (depois da 17h de s�bado).
8)Domingo da Ressurrei��o, a P�scoa - Considerado o dia mais importante do calend�rio cat�lico, o Domingo da Ressurrei��o tem a prociss�o festiva da P�scoa com o padre carregando o Sant�ssimo, s�mbolo do Cristo Ressuscitado. Para saudar a ressurrei��o, � tradi��o a ornamenta��o das ruas, por onde passa o cortejo, com tapetes artesanais. "Neste dia, Jesus venceu a morte, e com Ele n�s venceremos as mortes do cotidiano", conclui o reitor e p�roco do santu�rio.