O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) conta com a atua��o de 26 c�es que desempenham um papel relevante nos resgates e salvamento de v�timas. O bombeiro e o cachorro s�o t�o ligados que s�o conhecidos na corpora��o por um bin�mio, e cada c�o � treinado apenas pelo seu condutor.

Em opera��es em que se buscam pessoas desaparecidas, os cachorros s�o essenciais. Na trag�dia do rompimento da barragem de rejeitos em Brumadinho, em 2019, a fun��o desempenhada pelos c�es ganhou notoriedade. 

No mesmo munic�pio, na semana passada, com o aux�lio da pastora belga de malinois Kyra, os bombeiros localizaram e fizeram o resgate dos fragmentos de um cad�ver. A v�tima, um adolescente, estava desaparecida h� mais de dois anos e foi encontrada em uma fossa nos fundos de uma casa. 

Al�m de Brumadinho, os c�es ajudaram a encontrar uma jovem desaparecida h� oito meses em Ibirit�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Recentemente, foram encontrados os restos mortais da v�tima, com a ajuda essencial do faro dos cachorros.

"O faro e a audi��o agu�ados s�o elementos que os fazem diferenciados para o trabalho de busca, e o fator tempo � crucial em tais opera��es, por isso, os c�es s�o t�o essenciais para essas atividades. No Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais os c�es bombeiros passam por um treinamento espec�fico que os habilita para atuar nas miss�es de busca", enfatiza o capit�o Lucas Silva Costa Silva, comandante da Companhia de Busca, Resgate e Salvamento com C�es.

Para integrar o Corpo de Bombeiros, os c�es passam por um treinamento que pode durar de um ano e meio a dois anos. Eles s�o submetidos a exames de certifica��o para poder atuar junto aos agentes. 

As ra�as mais usadas s�o os pastores alem�es, pastores belgas de malinois, labradores e border collies. Os animais treinados n�o podem ter medo de altura, de �gua, de pisos inst�veis e de texturas desagrad�veis. 

Depois de trabalhar por oito anos, os c�es t�m o direito de se aposentar. Com a aus�ncia das atividades intensas e do treinamento, os animais t�m dificuldade de se acostumar com a rotina pacata na casa de seus novos donos. 

"Alguns c�es n�o se adaptam � atividade, ou se desgastam muito r�pido. Quando isso acontece, para evitar o preju�zo para o animal e para a institui��o, � feita a doa��o para um tutor que o receba em um ambiente mais compat�vel com suas caracter�sticas", explica o capit�o Lucas.

Os cachorros do Corpo de Bombeiros s�o submetidos a exames cl�nicos e laboratoriais trimestralmente para identificar poss�veis doen�as. Al�m disso, os seus condutores devem estar sempre atentos para o surgimento de mudan�as comportamentais ou f�sicas nos animais.

O cart�o de vacina dos c�es est� sempre atualizado, assim com o est� em dia o uso de medicamentos que combatem pulgas e carrapatos e previnem doen�as como a leishmaniose, por meio do uso da coleira que repele o mosquito transmissor.