
O cen�rio no estado acompanha uma tend�ncia nacional e global de queda na cobertura vacinal infantil. O mesmo relat�rio mostra que foram 1,6 milh�o de crian�as sem nenhuma dose de vacinas DTP ou contra a poliomielite no Brasil entre 2019 e 2021, e 67 milh�es sem imuniza��o no mundo no mesmo per�odo.
Em entrevista coletiva para a apresenta��o dos dados em Bras�lia, membros do Minist�rio da Sa�de manifestaram preocupa��o com a quantidade de pequenos que n�o tiveram acesso � imuniza��o. O diretor do Departamento de Imuniza��es do Minist�rio da Sa�de, �der Gatti, fez uma an�lise para associar o n�mero de crian�as sem vacinas com a quantidade de nascidos vivos no pa�s.
“O levantamento que o Unicef fez mostra pra gente que o Programa Nacional de Imuniza��es tem um grande desafio. O Brasil tem, em m�dia, 3 milh�es de nascidos vivos por ano. Esse � o grupo que nasce e recebe as vacinas, ent�o estamos falando mais ou menos de 9 milh�es de crian�as. Ter 1,6 milh�o sem nenhuma vacina � um quantitativo grande, um n�mero que n�o nos orgulha e nos deixa muito preocupados”, disse Gatti durante a coletiva.
Pela mesma m�trica, Minas Gerais teve 746.300 nascidos vivos de 2019 a 2021 e a propor��o entre os nascimentos e as crian�as n�o vacinadas com o imunizante DTP e contra a poliomielite � levemente menor em compara��o � nacional (cerca de 12% ante 17%).
Para a especialista em Sa�de do UNICEF no Brasil, Francisca Maria Andrade, ter �xito ao correr atr�s do preju�zo envolve um esfor�o conjunto do Poder P�blico com a sociedade. “� extremamente importante que, al�m dios governo do estado e dos munic�pios, as fam�lias contribuam e levem as crian�as para se vacinar, que as pessoa combatam as fake news, falem sobre a import�ncia de vacinar as crian�as, que as vacinas s�o seguras e que s�o um direito de todas as crian�as”, disse � reportagem.
A m�dica pediatra explica ainda que o per�odo de 2019 a 2021 foi estabelecido para an�lise por englobar o ano imediatamente antes da pandemia e tamb�m os dois anos mais intensos da circula��o do coronav�rus. O recorte, no entanto, n�o levou em considera��o apenas a COVID, como aponta Andrade, que elenca motivos para a queda na vacina��o infantil.
“A Unicef fez um estudo e encontramos que o fato das unidades de sa�de n�o estarem abertas no hor�rio em que os pais podem levar, por exemplo. Em geral, elas est�o abertas no hor�rio comercial, quando os pais est�o trabalhando. Ent�o precisam estar abertas � noite, nos finais de semana, para facilitar para as fam�lias. � necess�rio que as vacinas estejam dispon�veis todos os dias, que as secretarias de sa�de n�o deixarem faltar vacina e que as fam�lias n�o precisem voltar, que as crian�as tomem o m�ximo de vacinas quando forem aos pontos, � o que chamamos de redu��o de oportunidades perdidas”, comentou.