
“Todo ingresso no sistema requer acesso por senhas que levam a dados do funcion�rio, como a sua matr�cula (masp). Contudo, o desafio seria precisar em que momento se deram os prints vazados e se o usu�rio principal foi quem praticou essa a��o criminosa”, informou � reportagem.
Apesar disso, a fonte consultada afirma que � "muito dif�cil" desvendar quem fez o print pelo sistema ou do inqu�rito, j� que a a��o pode ser dificultada quando realizada “por meios indiretos ou meios externos”, explicou.
Conforme o Estado de Minas informou nessa quarta-feira (26), policiais de Minas Gerais continuam a investiga��o para descobrir quem foi o respons�vel pela divulga��o das fotos da aut�psia da artista sertaneja.
O registro de prints (fotos instant�neas) de telas de computadores de terminais policiais � a principal hip�tese para explicar como se deu o vazamento das fotos da necr�psia da artista sertaneja. Oficialmente, a institui��o n�o comenta a investiga��o interna sobre vazamento de elementos sob sua guarda.
A fonte consultada pela reportagem revelou que outros m�todos, como o uso de smartphones para registrar e divulgar criminosamente pelas redes sociais as fotos da per�cia no corpo ou mesmo o reaproveitamento dos cart�es de mem�ria das c�meras do Instituto M�dico-Legal (IML) de Caratinga, no interior de Minas, estariam praticamente descartados.
Consultada oficialmente pela reportagem, a PCMG afirmou que n�o se manifestar� neste momento da apura��o do crime. “O procedimento de apura��o tramita, em sigilo, na Corregedoria-Geral da institui��o. Com o avan�ar dos trabalhos investigativos, novas informa��es ser�o divulgadas”, informou.
Identificada a forma do vazamento, a investiga��o se concentrar� no respons�vel pelo crime. A forma mais promissora para encontrar quem vazou as fotos pelas redes sociais � por den�ncias an�nimas ou pelo rastreamento reverso de quem as comercializou ou distribuiu. Um suspeito j� foi preso por esse motivo, em Santa Maria, no Distrito Federal, no �ltimo dia 17.
No dia 13 de abril deste ano, a assessoria de imprensa da cantora informou ter reconhecido que fotos dos exames de necropsia realizados no corpo entre o material que circula e � negociado por redes sociais. A cantora e mais quatro pessoas estavam em um avi�o que caiu depois de se chocar contra linhas de alta tens�o no dia 5 de novembro de 2021, em Caratinga. Todos morreram.
De acordo com a fonte ouvida pela reportagem, o uso de telefones celulares para registar as imagens ou capturar os trabalhos n�o teria sido poss�vel durante os trabalhos devido a cuidados que a equipe policial tomou antes. "O acesso de todos ao IML de Caratinga e � funer�ria foi muito rigoroso. S� entrava quem deixasse o seu smartphone em sacolas separadas e lacradas da PCMG, na recep��o dos pr�dios.
As pessoas s� os recebiam de volta quando sa�am. tinha at� seguran�as da artista nos pr�dios, junto com familiares. Pelas imagens consideradas originais tamb�m foi poss�vel concluir que a maioria das fotos de melhor resolu��o n�o foram fotos de telas, mas c�pias ou prints, pelo menos quatro delas com elementos facilmente identificados como sendo da PCMG", afirma a fonte.
O vazamento por meio dos cart�es de mem�ria tamb�m � improv�vel, uma vez que os equipamentos s�o de guarda exclusiva da equipe do IML e demandariam posse do drive correto e utiliza��o de softwares de recupera��o de imagens, uma vez que a estocagem dessas fotografias costuma ser transit�ria, at� que sejam descarregadas no sistema para que o cart�o seja usado de novo, explicou a fonte policial.
At� o momento, um homem de 22 anos, identificado como Felipe Alves, foi detido em Santa Maria, no Distrito Federal, suspeito de ter negociado as fotografias da necr�psia de Mar�lia, bem como de outras celebridades que morreram, como os cantores Cristiano Ara�jo e Gabriel Diniz. Ele pode ser um dos elos da investiga��o sobre a origem do vazamento e responde por vilip�ndio a cad�ver, um crime previsto no art. 212 do c�digo penal para quem humilha ou menospreza um cad�ver. A pena em caso de condena��o � de um a tr�s anos, al�m do pagamento de multa.
Na segunda-feira (17), o Tribunal de Justi�a do Estado de Goi�s determinou que v�rias plataformas de redes sociais, como Twitter, Instagram e Facebook apaguem fotos do corpo da artista.
Advogado da fam�lia
O advogado que defende a fam�lia de Mar�lia Mendon�a, Robson Cunha, informou que acompanha os desdobramentos sobre o vazamento das fotos e que vai acionar os respons�veis pela distribui��o, venda e demais crimes legalmente.
“(Sobre o vazamento ser origin�rio de terminais policiais em Minas Gerais) N�o tenho nenhuma informa��o sobre isso. Soube que h� um procedimento administrativo em andamento (na PCMG) e que est� sob sigilo. Vamos aguardar”, disse.