
Ir�s Dorot�ia do Nascimento Martins foi socorrida pelo Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) na manh� de ontem. Quando a equipe chegou, ela j� estava inconsciente e em PCR. Os profissionais conseguiram reverter o quadro e a levaram para a Sala Vermelha do Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus (CSSJD).
A mulher chegou em estado grav�ssimo. Foi transferida para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) onde permaneceu inst�vel. Ela morreu na noite do mesmo dia.
Nota do hospital:
“O Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus – CSSJD cumpre o doloroso papel de informar que a paciente I.D.N.S., que deu entrada nesta manh� na Sala Vermelha, ap�s uma parada cardiorrespirat�ria, e estava no Centro de Tratamento Intensivo – CTI, veio � �bito, �s 20h19 desta segunda-feira, 08 de maio.”
De acordo com o prontu�rio, a paciente chegou com sangramentos em pequenos furos na regi�o do abd�men.
Per�cia

A per�cia da Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou trabalho de praxe na cl�nica que fica na rua S�o Paulo. No local, foram apreendidos equipamentos usados em procedimentos invasivos, por exemplo, na realiza��o de lipoaspira��o.
A respons�vel pela cl�nica, a biom�dica Lorena Marcondes foi levada para a delegacia onde prestou depoimento. Ela e a enfermeira eventual foram presas suspeitas de homic�dio com eventual dolo. Ambas foram levadas para o pres�dio Floramar onde permanecem.
Os advogados da biom�dica ainda n�o se manifestaram.
Interdi��o
Ap�s o ocorrido, a cl�nica foi interditada pela Vigil�ncia Sanit�ria. “De acordo com o material apreendido, ela n�o estava realizando procedimentos que ela tinha autoriza��o. Ela tinha autoriza��o para fazer procedimentos minimamente invasivos, aplica��o de botox, alguns procedimentos est�ticos”, explica a coordenadora do �rg�o Erika Camargos.
Durante a per�cia, segundo Erika, foram apreendidos cama, campo cir�rgico, o que n�o est� descrito na documenta��o. Esses equipamentos s�o utilizados, por exemplo, para lipoaspira��o, o qual, supostamente, a paciente foi submetida.
Essa n�o � a primeira vez que a cl�nica � interditada. No ano passado, ela iniciou as atividades sem a devida autoriza��o da Vigil�ncia Sanit�ria.
“Quando recebemos essa primeira den�ncia, na inspe��o ela foi interditada por n�o estar em conformidade com a legisla��o. Depois ela conseguiu regularizar”, explica Erika. Ela, ent�o, foi autorizada a funcionar sem o alvar� definitivo com acompanhamento do �rg�o.
Agora, ela s� poder� retomar as atividades ap�s a emiss�o do alvar� deferido e com as atividades compat�veis com aquilo que ela declara fazer.
A paciente
Um familiar informou que, neste momento, eles n�o ir�o se manifestar. Entretanto, antecipou que as provid�ncias necess�rias ser�o adotadas e que o marido da paciente est� respons�vel pelas quest�es jur�dicas.
Ela teria sido submetida a uma lipoaspira��o e pagado cerca de R$ 12 mil pelo procedimento.
At� a libera��o desta mat�ria, a fam�lia ainda aguardava a libera��o do corpo. Ainda n�o havia informa��es sobre o vel�rio que dever� ocorrer em Djalma Dutra, comunidade rural de Divin�polis.
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*Amanda Quintiliano especial para o EM