
O texto foi divulgado para o p�blico no in�cio da noite desta segunda-feira (15/5). Al�m da dist�ncia, o relat�rio aponta que a separa��o entre o solo e a aeronave era “muito reduzida”, o que pode ter influenciado a colis�o com uma torre de energia da Cemig. Para o �rg�o da For�a A�rea Brasileira, o julgamento do piloto contribuiu para o acidente.
“No que diz respeito ao perfil de aproxima��o para pouso, houve uma avalia��o inadequada acerca de par�metros da opera��o da aeronave, uma vez que a perna do vento foi alongada em uma dist�ncia significativamente maior do que aquela esperada para uma aeronave de 'Categoria de Performance B' em procedimentos de pouso sob VFR”, afirmou o �rg�o.
Outro fator levantado pelo �rg�o, mas classificado como indeterminante para a queda, foi a “mem�ria processual” do piloto, uma vez que ele tinha o h�bito de realizar pousos “com final longa”. Al�m disso, uma poss�vel n�o utiliza��o das cartas aeron�uticas dispon�veis, que tinham o objetivo de atender as necessidades do voo visual, podem ter contribu�do para que o piloto n�o tivesse no��o em rela��o �s "caracter�sticas do relevo no entorno do aer�dromo e da presen�a da linha de transmiss�o".
Linha de transmiss�o
Na �poca do acidente, uma das prov�veis causas levantadas para queda foi a exist�ncia da torre de transmiss�o de energia da Cemig, no limite da Zona de Prote��o de Aer�dromo, que teria interferido no processo de pouso da aeronave. No entanto, conforme o documento do Cenipa, a estrutura estava fora da �rea em que sua instala��o seria proibida.
Al�m disso, o �rg�o apontou que a torre de energia “n�o se enquadra nos requisitos que a qualifica como um obst�culo ou objeto pass�vel de ser sinalizado”.
Contradi��o
Mais cedo, tamb�m nesta segunda-feira, Robson Cunha, advogado da fam�lia de Mar�lia Mendon�a, disse � imprensa que o acidente n�o havia sido causado por uma falha humana, ou seja, do piloto. Na ocasi�o, o defensor afirmou que “as decis�es que foram tomadas por parte do piloto n�o demonstram nenhum erro”.
O acidente
A "Rainha da Sofr�ncia", como era chamada a artista que morreu aos 26 anos, e os outros quatro tripulantes da aeronave morreram no acidente que comoveu o pa�s. A queda ocorreu a apenas quatro quil�metros do Aeroporto de Caratinga, onde Mar�lia Mendon�a faria show no mesmo dia.
O avi�o que levava a artista e parte da equipe saiu do Aeroporto Santa Genoveva, em Goi�nia, �s 13h02. Os primeiros chamados para o Corpo de Bombeiros d�o conta que a aeronave caiu por volta das 15h30, ap�s quase duas horas e meia de voo. A queda ocorreu em um curso d'�gua, pr�ximo ao acesso pela BR-474.
Al�m da cantora, a queda do avi�o causou a morte do produtor Henrique Ribeiro, do assessor Abicieli Silveira Dias Filho, do piloto Geraldo Martins de Medeiros e do co-piloto Tarciso Pessoa Viana.
Causa das mortes
Laudos do Instituto M�dico-Legal (IML) apontaram que os tripulantes do bimotor morreram assim que a aeronave colidiu com o solo. As v�timas sofreram politraumatismo, ferimentos t�picos de quedas de grandes alturas, quando h� fratura de v�rios ossos, comprometendo o funcionamento dos �rg�os internos.