
O fato veio � tona nesta quarta-feira (17/5) quando a Pol�cia Civil passou mais informa��es sobre o caso. Ele j� tinha um mandado de pris�o em aberto relacionado ao inqu�rito instaurado no Departamento Estadual de Investiga��o de Crimes Contra o Patrim�nio (Depatri).
Assim como no assalto � ag�ncia banc�ria, em janeiro, no crime contra apartamentos da Regi�o da Pampulha, o suspeito tamb�m teria agido com a parceria de outra pessoa. De acordo com a PCMG, no caso, dois indiv�duos invadiram um condom�nio e subtra�ram diversos objetos de valor, dentre eles joias e rel�gios, avaliados em R$ 200 mil.
Assalto a ag�ncia banc�ria
A ag�ncia no Barreiro j� havia sido alvo de uma tentativa de roubo quatro dias antes do crime ser concretizado. Segundo informa��es da Pol�cia Militar, os criminosos invadiram uma loja vizinha, que estava vazia e dispon�vel para loca��o, e tentaram furar a parede para acessar o banco. No entanto, a a��o acionou o alarme, e as pessoas fugiram.
Na �poca do crime, Lu�s Fl�vio Sapori, especialista em seguran�a p�blica, explicou que as ag�ncias do interior do estado podem ser mais visadas devido � sua vulnerabilidade. Mesmo assim, ele afirma que n�o h� um diagn�stico que explique os n�meros repassados pelo Governo de Minas.
O especialista avaliou que houve neglig�ncia por parte do banco por n�o ter incrementado sua seguran�a interna. “O banco � que tem que cuidar da prote��o interna do patrim�nio e do dinheiro ali guardado. Existem tecnologias hoje, muito sofisticadas, para evitar que indiv�duos armados entrem nas ag�ncias”.
Conforme a Pol�cia Militar, a a��o em janeiro n�o durou mais do que 10 minutos. “Eles j� sabiam quem era o tesoureiro. Deixaram os outros tr�s funcion�rios presos na cozinha nos fundos da ag�ncia. Aparentemente, eles j� conheciam a planta da ag�ncia”, contou o cabo F�lix.
Aos policiais, os funcion�rios relataram que os criminosos eram bastante agressivos e faziam amea�as. “A a��o dessas quadrilhas � sempre muito agressiva, inclusive psicologicamente. Felizmente n�o houve nenhuma agress�o f�sica”, relata.
Imagens do circuito interno de seguran�a registraram o momento em que os suspeitos renderam os funcion�rios, logo na entrada da ag�ncia. Nas imagens, um homem armado, usando uniforme vermelho da Superintend�ncia de Desenvolvimento de Belo Horizonte (Sudecap), aponta a arma para um homem e gesticula para que os demais deixem as mochilas e bolsas no ch�o.
Em seguida, um segundo homem aparece. Ele est� usando bon� e m�scara facial, recolhe os pertences dos ref�ns no ch�o e os guia em uma porta das depend�ncias internas da ag�ncia.
Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) esclareceu que o uso de uniformes pelos funcion�rios das prestadoras de servi�os deve ocorrer, conforme previsto em contrato, somente nos servi�os prestados com autoriza��o da PBH e, quando finalizados, devem ser recolhidos para n�o ocorrer situa��es de uso indevido.
“A PBH far� um refor�o junto a suas prestadoras de servi�o quanto a esse importuno e se coloca � disposi��o das autoridades para prestar qualquer esclarecimento."
A��o inibida
De acordo com o especialista em seguran�a p�blica, assalto a bancos era uma pr�tica comum na d�cada de noventa, mas, com o avan�o da tecnologia e cria��o de equipamentos de seguran�a, a modalidade criminosa acabou sendo desencorajada. Outro fator que, na vis�o de Lu�s Fl�vio Sapori, ajudou que os crimes diminu�ssem foi a presen�a de dinheiro f�sico dentro das ag�ncias.
Para ele, esses fatores ajudam que a investiga��o da Pol�cia Civil a respeito da ocorr�ncia no Barreiro seja facilitada. “Como o n�mero de associa��es criminosas envolvidas nessa modalidade diminuiu, a possibilidade do trabalho de intelig�ncia policial aumenta muito para identificar os membros desse grupo”, concluiu.
Novo Canga�o
Em Minas Gerais, roubo a ag�ncias banc�rias ficou vinculado a opera��es de grupos identificados como “Novo Canga�o”. Nas ocorr�ncias em que as associa��es estiveram envolvidas, cenas de terror foram vivenciadas pelos moradores da cidade, que ficaram em estado de s�tio, devido � escalada de viol�ncia.
Sapori explica que a “nova modalidade” possui um planejamento sofisticado, grande poder de fogo e investimento por parte dos criminosos em montar as equipes. Al�m disso, a quantia levada � “infinitamente superior" a de assaltos “comuns”.