(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas TROCA DE ALIAN�AS

Casais celebram a uni�o em cemit�rio de Sabar�

Inusitado casamento comunit�rio muda a paisagem do Parque Terra Santa, em Sabar�, e realiza sonho de sete casais carentes de consolidar o matrim�nio


29/05/2023 04:00 - atualizado 29/05/2023 05:28
432

casamento em cemitério de Sabará
Patrocinado por a��o social, o casamento celebrou novo passo na vida de sete casais (foto: Gladyston Rodrigues/em/d. a. press)

Pensar em celebrar uma cerim�nia de casamento no cemit�rio pode parecer estranho em um primeiro momento, mas o que sete casais mostraram, ontem, � que o amor tem a for�a de ressignificar espa�os. Essa uni�o inusitada ocorreu no Cemit�rio Parque Terra Santa, em Sabar�, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, e substituiu o sentimento de dor e sofrimento que cerca local por um ar de alegria e oportunidade para realiza��o de sonhos.
 
A ideia partiu de Vivianne Brasil, CEO presidente da Metropax, que recordou de um casamento comunit�rio realizado pelo Grupo Cortel em Porto Alegre, em 2019 tamb�m em um cemit�rio. “Como foi um sucesso, muito bem recebido pela sociedade, n�s resolvemos fazer aqui na Grande Belo Horizonte”, explicou.
 
Segundo ela, a empresa sempre investe em a��es sociais e, por isso, resolveu aproveitar o m�s das noivas para realizar o sonho de v�rias mulheres que n�o tiveram a oportunidade de ter uma cerim�nia religiosa por quest�es financeiras. “Pensei: ‘Por que n�o ajudar noivas carentes?’. Abrimos a sele��o na nossa rede social e tivemos esse sucesso nas inscri��es, j� tenho duas noivas para o ano que vem”, conta, com a expectativa de dar continuidade ao projeto.
 
O espa�o no pr�prio cemit�rio da empresa caiu como uma luva para o evento. “Precis�vamos de um espa�o que tivesse um jardim lindo, que fosse amplo. E por que n�o realizar no cemit�rio, j� que � a �rea onde atuamos? Aqui � um espa�o separado do campo santo, estamos na parte administrativa, onde a gente realiza cerim�nias e missas em homenagem aos nossos falecidos. E por que n�o celebrar o amor em uma cerim�nia religiosa?”, reflete Vivianne.
 
“Como o espa�o j� estava dispon�vel, resolvemos trazer para c�. Porque o cemit�rio n�o � o fim, n�o � um lugar onde tudo acaba, � onde a gente reflete que a vida precisa continuar. Por que n�o celebrar uma nova hist�ria, um novo amor, neste espa�o onde as pessoas sofrem e sentem tanta dor de luto? Por isso, resolvi trazer para o cemit�rio, para quebrar este tabu e fazer uma nova hist�ria”, acrescenta.
 
Sete casais toparam participar da cerim�nia: Cl�udia Regina da Silva, de 51 anos, e Wagner Marcos Duarte, de 53; Kely Rodrigues de Moura Santos, de 43, e Paulo C�sar da Silva, de 45; Th�nia de Oliveira Alves, de 33, e Luiz Henrique da Silva Abreu, de 43; Lucilene Ribeiro Campos, de 48, e Clayvson Campos Nuvem, de 53; Let�cia Caroline de F�tima Mesquita, de 29, e Adriano da Gl�ria Fernando, de 35; Camilla Fernanda Rodrigues Alves Moreira, de 33, e Jo�o Lucas Moreira Meira, de 29; Marta Dias Andrade, de 55, e Jurandi Cardoso dos Santos, de 56.

A CERIM�NIA
Os casais seguiram o ritual de n�o se verem antes da cerim�nia, e, por isso, homens ficaram em uma sala –  onde tradicionalmente s�o realizados os vel�rios – e mulheres em outra, na capela do local. O casamento come�ou no hor�rio programado, por volta das 16h, momento em que o p�r do sol trouxe um visual deslumbrante e digno do um cen�rio rom�ntico que os noivos merecem.
 
Enquanto os convidados aguardavam ansiosos, primeiro entraram os noivos e se posicionaram – tr�s do lado esquerdo do frade que celebrou as uni�es e outros tr�s � direita. Logo em seguida, o som dos instrumentos indica que havia chegado o momento de as noivas se encontrarem com os amados, que as receberam emocionados. Por fim, entraram Marta e Jurandi para a renova��o de votos, abrindo as celebra��es.
 
O celebrante ecum�nico, Cl�udio J�nior, elogiou a coragem dos casais de assumirem o compromisso: “Quero dizer aos casais que nos dias de hoje � muito dif�cil ter coragem para casar, mais coragem ainda � casar em um local diferente como este. A tradu��o da palavra ‘coragem’ significa agir pelo cora��o, que voc�s possam seguir o vosso cora��o.”
 
Ele descreveu a hist�ria de amor desde o in�cio de cada um dos noivos e deu a b�n��o para a uni�o. Ap�s todos prometerem ser fi�is aos companheiros, am�-los e respeit�-los na alegria e na tristeza, na sa�de e na doen�a, na riqueza e na pobreza, “at� que a morte os separe”, o religioso declarou como esposo e esposa os sete casais e autorizou o beijo apaixonado de todos eles.

REALIZA��O DE SONHOS
Camilla Fernanda e Jo�o Lucas, por exemplo, est�o casados no civil h� sete anos, mas n�o puderam ter uma cerim�nia religiosa com tudo a que t�m direito. O projeto da funer�ria deu ao casal toda a estrutura com que os dois sempre sonharam: espa�o decorado para receber os convidados, toda a produ��o dos noivos – incluindo vestido e terno –, fotos e v�deos para guardar o momento para toda a vida e at� um coquetel ap�s o evento.  Let�cia e Adriano , por sua vez, consolidaram o matrim�nio na presen�a dos tr�s filhos, que esbanjavam alegria.
 
“� um sonho que estou realizando hoje, muito emocionada e feliz. Eu me sinto completamente realizada. � um sonho de anos, que n�o tivemos oportunidade de realizar antes, mas agora estamos muito completos”, comemora Camilla. “Independentemente de ser no cemit�rio ou n�o, o que importa � a gente receber a b�n��o de Deus. Estamos muito satisfeitos, � um lugar onde vamos celebrar o amor”, completa.
 
O ambiente foi pauta na fam�lia do noivo, Jo�o. “Alguns da nossa pr�pria fam�lia acharam gra�a, n�o levaram a s�rio. No �ltimo momento, todo mundo brigou para vir”, brinca. “Pra mim � uma coisa diferente, um ambiente inusitado. Mas estou muito feliz porque � a realiza��o de um sonho meu e da minha esposa, mesmo porque a gente n�o teria condi��es de fazer uma festa desta grandeza. � diferente, mas quebra esse gelo de um ambiente de dor e tristeza”, refor�a ele.

PAZ Para Cl�udia o ambiente trouxe a paz que precisava. “Pra mim est� sendo o dia mais feliz da minha vida, a paz que este lugar traz para a gente � o que precisamos daqui pra frente no nosso casamento. A gente j� tinha, mas com essa cerim�nia aqui com minha fam�lia presente, a paz vai redobrar na minha casa”, afirma.
 
Segundo o marido, Wagner, os dois estavam h� muitos anos sonhando com essa oportunidade. “Pra mim foi normal, n�o achei diferente de um casamento na igreja. O que importa � o amor que vivemos aqui. Estamos h� 30 anos tentando nos casar e surgiu essa oportunidade. S� tenho que agradecer”, ressalta.
 
Para Marta e Jurandi, que comemoram bodas de prata, a cerim�nia extrapolou tudo o que imaginavam viver juntos. “Pra gente � como se fosse um lugar normal, na igreja mesmo. Estamos juntos h� 25 anos, estamos sem palavras com tudo que vivemos aqui. Nunca imaginamos que poder�amos fazer parte de uma cerim�nia dessa, o cora��o est� pulando de alegria”, aponta



receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)