
Isabela e o marido, David Robson de Barros, estavam em pris�o domiciliar, com uso de tornozeleira eletr�nica desde o ano passado. No entanto, devido a um mandado de pris�o preventiva expedido pela Justi�a, ambos foram novamente encaminhados para o regime fechado.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica (Sejusp), Isabela deu entrada no Pres�dio de Vespasiano, ontem �s 19h25, e David no Pres�dio de Lagoa Santa, �s 19h13. A reportagem procurou o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais para saber o motivo da nova liminar de deten��o, mas ainda n�o obteve resposta.
O casal teria usado cultos em igrejas evang�licas para atrair investidores para sua plataforma digital, onde prometiam lucros elevados em opera��es de compra e venda de a��es na bolsa de valores. No in�cio das investiga��es, 15 pessoas das cidades de Vespasiano, Lagoa Santa e Belo Horizonte registraram queixas, mas as v�timas do poss�vel esquema ultrapassaram cerca de 300.
De acordo com a Pol�cia Civil, a empresa ID Investimentos tinha em torno de tr�s mil clientes cadastrados com valores aportados de R$ 4 mil a R$ 40 mil. Contudo, houve quem colocasse cerca de R$ 150 mil em posse dos suspeitos.
“Prop�sito de Deus”
Isabela Cristi Gomes Barros e o marido David Robson de Barros, de 33 anos, s�o donos da plataforma I&D Investimentos, que comprava e vendia a��es na bolsa de valores na opera��o denominada 'day trade'. Eles foram denunciados por estelionato ao n�o pagarem as promessas de lucros. Segundo as v�timas, a plataforma prometia o retorno dos aportes dos clientes em at� 40 dias, mas, ap�s os preju�zos, eles n�o eram mais atendidos pelo casal.
Em depoimento � Pol�cia Civil, David disse que operava como trader na bolsa de valores, ou seja, ele adquiria e negociava pap�is no mesmo dia com o objetivo de obter lucro. Ele afirmou que ampliou as aplica��es ap�s a cria��o de 12 grupos de investidores no WhatsApp. Al�m disso, ele e Isabela frequentavam igrejas evang�licas da regi�o e, durante os cultos, diziam que “investimento era um prop�sito de Deus”.
Na primeira vez que foram presos, conforme a pol�cia, o casal resistiu � ordem de pris�o, e a porta do im�vel precisou ser arrombada. Al�m disso, eles tentaram usar a filha de apenas tr�s meses como “escudo”.