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Estado de Minas INVAS�O

Fiscaliza��o da PBH vai remover morador de rua do S�o Lucas

Homem fala de sua vida tr�gica e dos medos que n�o quer mais passar. Homem cercou �rea na Regi�o Centro-Sul de BH e impede passagem de pedestres


14/06/2023 09:28 - atualizado 14/06/2023 18:58
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Anderson terá de sair do espaço que ocupa irregularmente no Bairro São Lucas
Anderson ter� de sair do espa�o que ocupa irregularmente no Bairro S�o Lucas (foto: Leandro Cury/EM/D. A. Press)
Uma equipe da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) esteve, na manh� desta quarta-feira (14/6), na Rua Rio Doce, quase esquina da Avenida do Contorno, no Bairro S�o Lucas, Zona Leste da capital, para averiguar a situa��o do morador em situa��o de rua Anderson Luciano Pereira, de 52 anos, que ocupou, indevidamente, uma guarita usada por limpadores de rua, transformando-a em sua casa. Al�m disso, demarcou tr�s vagas de estacionamento.

Um amontoado de bugigangas, um carrinho de supermercado e alguns vasos de plantas estavam em volta da guarita, transformada em resid�ncia. � l�, tamb�m, onde Anderson Luciano dorme, na parte interna do espa�o, que teve a porta arrombada por ele.

A Guarda Municipal de Belo Horizonte esteve no local e fez um levantamento da situa��o. As informa��es ser�o repassadas para a Subsecretaria de Fiscaliza��o da prefeitura de Belo Horizonte, que dever� tomar provid�ncias sobre a situa��o. 


Abandono e medo


Anderson Luciano, com a presen�a dos guardas civis municipais, estava mais calmo e acabou contando o drama de sua vida. "Eu n�o tenho nem pai, nem m�e, nem irm� ou irm�o. N�o tenho para onde ir".

Ele afirma que tencionava ficar morando ali na Rua Rio Doce. "Eu queria ficar aqui, cuidando da rua. Desde que cheguei, n�o acontecem mais roubos. Eu afugentei os ladr�es. Ali tem uma cl�nica de psicologia, para crian�as. Os pais chegam aqui e n�o encontram lugar para estacionar. Essa era a minha inten��o quando marquei a rua. Era para os pais terem vaga."

Anderson Luciano diz que o seu maior problema era a falta de �gua, mas que gra�as a um morador das proximidades, ele tem um balde por dia. "Com essa �gua, eu tomo banho, sempre � noite, e lavo a minha roupa, depois a penduro nessa �rvore."

Disse que tem planos, naquele local. "Eu queria plantar arroz, aqui", diz apontando para um buraco onde est� plantada uma �rvore. Fala que esse arroz seria para ele comer.

Conta tamb�m um pouco de seu passado. "Eu j� fui ladr�o. Roubei muito. Mas paguei tudo, e hoje, gra�as a Deus, estou livre desse meu passado. S� quero ajudar."

E fala de seus medos, do que n�o quer passar. "Tenho medo de me tirarem daqui e me levarem para um asilo. N�o quero. L� � tudo bagun�ado. E as pessoas que l� est�o, a maioria, s�o drogados, criminosos. N�o quero esse conv�vio".

E tem um medo maior. "N�o quero nem passar perto da Lagoinha. L�, a mis�ria � muito grande. S�o pessoas desesperadas e a criminalidade � grande. N�o quero isso pra mim. N�o gosto nem de pensar. Poderia algu�m me ajudar, conseguir um cantinho, como esse aqui."

E filosofa: "As pessoas t�m de pensar em si, n�o nos outros"


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