
A dor de perder uma filha, principalmente por ter sido em fun��o de um suic�dio. Pois � o que Zuraide Drummond, de 57 anos, m�e de Rafaela Drummond, que tinha 32 anos, faz usando as redes sociais.
E em suas falas, den�ncias do sofrimento da filha, que tinha o sonho de se tornar delegada. Al�m disso, den�ncias de todo o tipo de ass�dio, moral e sexual. Mas que infelizmente, segundo a m�e, foram ignoradas.
“O delegado falava diretamente que n�o sabia como ela havia passado na Pol�cia Civil, pois era desequilibrada e louca”, diz Zuraide. O mesmo delegado, segundo ela, teria se omitido diante da den�ncia de ass�dio sexual, como relatou a irm� da v�tima, Karoline Drummond.
“Teve uma vez que ela sofreu ass�dio sexual por um colega. O homem se inconformou por Rafaela n�o querer ter tido algo com ele durante uma confraterniza��o e virou bebidas, al�m de uma mesa sobre ela. Na �poca, ela comunicou o fato para o delegado que respondeu: “quer que eu fa�a o qu�?”, escreveu.
A fam�lia revela que Rafaela deixou v�rios �udios com amigos, em que denunciava os ass�dios sofridos.
Sonho desfeito
“O sonho da minha filha era ser delegada. Acabaram com a vida dela”, desabafa, triste, Zuraide Drummond, que hoje vive chorando. Ela � auxiliar veterin�ria.
Para a fam�lia, a morte da servidora da Pol�cia Civil, lotada em Caranda�, na regi�o da Zona da Mata, acende um alerta pelos profissionais, que vivem press�o psicol�gica e ass�dio moral.
Rafaela, segundo a m�e, sempre se dedicou aos estudos. Queria ser delegada. “O sonho come�ou a tomar forma com ela ocupando o cargo de escriv�, mas uma mudan�a no comando da delegacia de Caranda� fez com que tudo mudasse”, afirmam os famliares.
“O delegado falava diretamente que n�o sabia como ela havia passado na Pol�cia Civil, pois era desequilibrada e louca”, escreveu Zuraide.
Karoline, irm� de Rafaela, conta que a familiar tentou a transfer�ncia de cidade, pois n�o estava mais suportando a persegui��o sofrida, que aconteceu at� mesmo por um colega de trabalho.
“Teve uma vez que ela sofreu ass�dio sexual por um colega. O homem se inconformou por Rafaela n�o querer ter tido algo com ele durante uma confraterniza��o e virou bebidas, al�m de uma mesa sobre ela. Na �poca, ela comunicou o fato para o delegado que respondeu: ‘quer que eu fa�a o qu�?’”, escreve Karoline.
Hoje, os policiais que trabalhavam com Rafaela est�o sendo ouvidos, no inqu�rito que apura o que levou a escriv� a cometer o suic�dio.
