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Estado de Minas CRIME

'Nunca vi algu�m t�o manipulador', diz v�tima de abusos de pastor em BH

Mois�s Barbosa Ferreira Costa foi preso na �ltima quarta-feira (21/6). Ele era pastor de uma igreja e liderava eventos contra a pedofilia em Minas.


23/06/2023 18:06 - atualizado 23/06/2023 18:50
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Moisés Barbosa era pastor de uma igreja na capital
Mois�s Barbosa era pastor de uma igreja na capital (foto: Reprodu��o/ALMG)
A pris�o do pastor Mois�s Barbosa Ferreira Costa trouxe al�vio e sensa��o de justi�a para as v�timas feitas por ele ao longo dos �ltimos 13 anos. Mois�s foi preso na �ltima quarta-feira (21/6) ap�s uma opera��o da Pol�cia Civil em Belo Horizonte. Ele era conhecido por ser ex-presidente do F�rum de Enfrentamento � Viol�ncia Sexual Contra Crian�as e Adolescentes de Minas Gerais (Fevcamg).

E era esse t�tulo que o ent�o pastor utilizava para enganar as suas v�timas. Em sua casa, os policiais encontraram medalhas e homenagens pelo suposto combate de Mois�s contra a viol�ncia infantojuvenil. A reportagem do Estado de Minas conversou com duas v�timas do homem, dois jovens que atualmente possuem 23 e 24 anos, que contaram seus relatos. Os nomes n�o ser�o divulgados na mat�ria.

O primeiro jovem relatou como come�aram os casos de ass�dio. Al�m de ser pastor na igreja Igreja Batista Unidade e F�, que fica no bairro Sagrada Fam�lia, Regi�o Leste de BH, Mois�s tamb�m trabalhava em um circo. Ele aproveitava a situa��o para atrair as crian�as. “Ele me convidou para participar do circo e l� ele come�ou a me convidar para ir para a igreja, conhecer. Ele sabia que minha fam�lia era religiosa e me incentivou a ir”, disse.

Na �poca, a v�tima tinha apenas 13 anos. Mesmo sabendo disso, Mois�s teria convidado o adolescente para ir at� sua casa e forjado uma situa��o para cometer os abusos.
 
“Ele subiu em cima de mim, come�ou a fazer massagem. Tirou minha roupa e passou a m�o nas minhas partes �ntimas. Me senti incomodado, tentei sair da situa��o e ele continuou. Para tentar despistar, ele deitou ao meu lado e come�ou a fazer elogios. Inventei uma hist�ria e consegui sair da casa dele. Comigo n�o chegou a acontecer o ato sexual, ao contr�rio de outras pessoas”, contou o rapaz.

A v�tima contou que os abusos continuaram por mais quatro anos. A mesma situa��o ocorreu com outro rapaz ouvido pela reportagem. Ele chegou a se mudar para Portugal para tentar recome�ar a vida. “Quando tudo come�ou eu tinha 14 anos e durou at� os 18. Me mudei para Portugal, queria esquecer um pouco desses problemas porque eu morava a uns cinco minutos da casa dele e tinha medo de ver algu�m da fam�lia dele ou ele na rua”, disse.
 

Perfil manipulador

Por se apresentar como um suposto defensor do combate � viol�ncia sexual, Mois�s aproveitava para amea�ar suas v�timas. Al�m disso, ele manipulava as situa��es de ass�dio para n�o ser descoberto. 

“Nunca vi uma pessoa t�o manipuladora quanto ele. � inacredit�vel. Ele manipulava a situa��o, n�o s� as pessoas. Ele criava uma rede de prote��o. Ele sempre mostrava a sua influ�ncia e afirmava que n�o ia dar em nada. Meu sentimento � que fui enganado, invadido no meu f�sico e psicologicamente. A ponto de acreditar que o abuso era normal”, relatou uma das v�timas.

O perfil foi confirmado pela Pol�cia Civil. Segundo a delegada Thais Degani, respons�vel pela investiga��o, os t�tulos adquiridos por Mois�s eram usados para enganar pais e v�timas.
 
“� uma pessoa bem vista na sociedade, por autoridades e diversos �rg�os. Al�m de ser um l�der religioso. Ele defendia a causa contra a pedofilia, participava de debates e fundou f�runs contra a pedofilia. Ele se colocava numa posi��o muito importante de combate a viol�ncia. Ele falava que ningu�m acreditaria nas v�timas, por ser um l�der religioso e lutar contra a pedofilia”, contou durante coletiva na �ltima quarta.

Al�vio para as v�timas

Agora preso, Mois�s vai responder por estupro de vulner�vel e aliciamento de menores. Outros crimes podem ser identificados com o andar das investiga��es. 

As v�timas relatam estar aliviadas ap�s todos os anos e esperam que a justi�a seja feita. “Muito feliz e aliviado com o que aconteceu. Saber que outras pessoas n�o ser�o abusadas”.


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