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Estado de Minas APOSENTADORIA FOR�ADA

Perita que denunciou ass�dio na Pol�cia Civil diz estar sendo vigiada

Tatiane Albergaria, que foi aposentada compulsoriamente, afirma que policiais e viaturas est�o rondando a porta de sua casa desde que ela esteve na ALMG


10/07/2023 19:49 - atualizado 11/07/2023 11:25
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Homem circula em terreno ao lado de uma grade nos fundos de uma casa
Homem filmado pelas c�meras de seguran�a de Tatiane seria, segundo a perita, um policial rondando a casa dela para amendront�-la (foto: Arquivo pessoal)
A perita da Pol�cia Civil Tatiane Albergaria, que disse ao Estado de Minas ter sido aposentada compulsoriamente ap�s denunciar ter sofrido ass�dio dentro da institui��o, alega estar sendo vigiada. Na �ltima semana, a servidora falou sobre o caso na Comiss�o de Seguran�a P�blica da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

"Desde sexta-feira (7/7), quando ofereci a den�ncia, na Assembleia, tem um carro de pol�cia que passa constantemente na porta da minha casa e tamb�m um policial fica rondando por l�. Fiz v�deos e fotos pra provar", afirma Tatiane, que diz estar assustada e se sentir amea�ada. A den�ncia de Tatiane � similar ao da delegada Larissa Bello, de 41 anos, que tamb�m contou ao Estado de Minas ter sido aposentada compulsoriamente por denunciar ass�dios. 

 

Tatiane, que tem 38 anos, est� solicitando prote��o policial junto ao Minist�rio P�blico. "Estou com medo", diz. A perita est� sendo representada pela advogada Raquel Fernandes, que tamb�m defende a fam�lia da escriv� Rafaela Drumond, encontrada morta h� certa de um m�s, na casa dos pais, em Ant�nio Carlos. De acordo com as investiga��es, Rafaela teria tirado a pr�pria vida ap�s ter sofrido casos de ass�dio dentro da Pol�cia Civil, na delegacia de Caranda�, onde trabalhava.

 

Uma viatura da Polícia Civil em uma rua em frente a uma residência
Um dos carros utilizados pela Pol�cia Civil. De acordo com Tatiane, eles t�m circulado no entorno da resid�ncia dela cerca de oito vezes ao dia (foto: Arquivo pessoal)
O suic�dio de Rafaela abriu uma ferida na Pol�cia Civil e surgem, agora, den�ncias que mostram as mazelas, em especial, casos de ass�dio, n�o s� sexual, mas moral, tamb�m. Novas den�ncias vieram � tona quando Tatiane Albergaria esteve na ALMG. "Meu telefone n�o p�ra de receber mensagens e liga��es. S�o muitas as den�ncias, n�o s� v�timas na Pol�cia Civil, mas tamb�m na Pol�cia Penal", conta a servidora.


A advogada Raquel Fernandes aponta preocupa��o com a situa��o. "Existe muita coisa acontecendo. Estamos preocupados com a seguran�a da Tatiane. O caso, no entanto, a partir da den�ncia, cresceu bastante. Hoje, j� s�o entre 50 e 100 den�ncias de ass�dio", afirma.


Tatiane, de blusa marrom e cachecol, fala ao microfone da ALMG
A perita Tatiane Albergaria esteve na Comiss�o de Seguran�a P�blica na �ltima semana, quando denunciou o caso (foto: Luiz Santana/ALMG)
Ela diz que o grande problema � que nem todos querem aparecer. "Muitas pessoas t�m medo de colocar seu rosto, sua assinatura, com medo de repres�lias. Mas desde a morte da Rafaela, as den�ncias cresceram bastante. Ainda mais agora, com mais essa den�ncia", complementa. "� necess�ria uma medida protetiva j�".


Sindicato


Aline Risi, presidente da Associa��o dos Escriv�es de Policia Civil de Minas Gerais e diretora da Confedera��o Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis, diz que Tatiane foi aposentada compulsoriamente, para que n�o denunciasse os ass�dios.


"Nesse caso, eles levam em considera��o 5/30 do sal�rio, e tem policial sendo aposentado com menos de um sal�rio m�nimo. � uma puni��o grave dentro da institui��o", diz Aline.


No caso de Tatiane, a justificativa apresentada para aposent�-la, segundo a presidente, foi que ela estaria sofrendo de dist�rbio emocional. Segundo a presidente da Associa��o, o mesmo m�dico legista assinou diversos laudos similares ao de Tatiane. "N�o foi s� o dela, mas de muitos outros policiais", afirmou.


A Pol�cia Civil de Minas Gerais informa que o inqu�rito policial em quest�o tramita na Corregedoria-Geral de Pol�cia Civil, sob sigilo, por for�a do disposto no artigo 20 do C�digo de Processo Penal e esclarece que todas as dilig�ncias investigativas realizadas por seus servidores devem observar os princ�pios e regras constitucionais. A institui��o afirma, ainda, que n�o compactua com eventuais desvios supostamente praticados por seus agentes.


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