
O caso, at� o momento, est� sendo tratado como peculato por furto, j� que a servidora est� sendo investigada por subtrair o montante de uma institui��o p�blica. Nesta quinta-feira (27/7), a Pol�cia Civil de Minas Gerais cumpriu mandado de busca e apreens�o. Na oportunidade, foram apreendidos celulares, pen drives, computadores, documentos, cart�es banc�rios e R$ 1 mil em esp�cie.
Apesar da investiga��o apontar o envolvimento da mulher, ela ainda n�o foi presa por n�o representar “necessidade” processual justific�vel. Conforme o delegado Gabriel Teixeira da Silva, da 1ª Delegacia do Barreiro, a corpora��o ainda apura o envolvimento de outras pessoas e poss�vel lavagem de dinheiro. Por isso, bens m�veis, im�veis e valores das contas da mulher foram bloqueados pela Justi�a.
“Inicialmente, tomamos as provid�ncias de pedir um mandado de busca domiciliar, na casa da autora, colhendo elementos, documentos, m�dias, dinheiro, junto a representa��o pelo bloqueio de bens no valor apurado at� o momento. Ent�o, bens m�veis e im�veis, em valores em contas banc�rias, compat�veis ao valor apurado, foram bloqueados pelo poder judici�rio, para eventual ressarcimento do er�rio p�blico”, explicou o delegado.
At� o momento, foi confirmado que a mulher desviou R$ 81 mil da conta banc�ria destinada � gest�o da merenda, e R$ 190.700, da conta destinada � aquisi��o de mob�lia escolar. Conforme apurado, os saques come�aram em 2020 e eram feitos mensalmente, normalmente no valor de R$ 3 mil.
“As subtra��es eram feitas de forma fracionada, no valor de R$ 3 mil, por transfer�ncia via Pix. Em um �nico m�s (junho de 2022), a suspeita chegou a transferir um valor total de R$ 48 mil”, informa Gabriel Teixeira.
Den�ncia
O crime veio a p�blico ap�s a atual diretoria da escola notar movimenta��es suspeitas, em maio deste ano. De acordo com a investiga��o, na �poca a gestora solicitou � funcion�ria que repassasse informa��es sobre a situa��o financeira da institui��o. Diante do pedido, a mulher teria ficado nervosa e desviado a conversa.
Desconfiada, a diretora acessou os registros banc�rios e notou diversas transfer�ncias suspeitas. A partir disso, ela passou a explorar o conte�do das movimenta��es. “Estamos investigando qual o fim desse dinheiro. H� not�cias, por exemplo, de que a autora contratou uma viagem para o Rio Grande do Norte, no valor de 20 mil reais, valor este incompat�vel com o valor que ela recebia na escola, que gerava em torno de R$ 1.600”, afirmou o delegado.
At� o momento, n�o se sabe o porqu� das contas destinadas � merenda e mob�lia foram as escolhidas pela ex-funcion�ria. Ap�s a descoberta, a mulher foi demitida da institui��o. Ela ainda ser� intimada para comparecer � delegacia para as oitivas.
“Essa escolha espec�fica � uma coisa que n�s ainda vamos investigar. Inclusive as investiga��es n�o terminaram. Vamos analisar apuradamente todas as contas banc�rias, para inclusive descobrir qual foi o fim desse dinheiro, se h� o crime de lavagem, por exemplo, se h� outros crimes conexos a este primeiro crime, ent�o todas essas informa��es ser�o apuradas em sequ�ncia”, concluiu o respons�vel pela apura��o.
Procurada, a Secretaria de Estado de Educa��o afirmou que n�o compactua com eventuais poss�veis il�citos de seus servidores. Al�m disso, a pasta informou que a suspeita est� sendo investigada com rigor e celeridade, “considerando as informa��es levantadas no procedimento de apura��o”.