(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas �POCA DE SECA

MG: ao menos 100 inc�ndios em vegeta��o foram registrados por dia em agosto

At� esta ter�a-feira, militares do Corpo de Bombeiros j� atuaram em 812 inc�ndios pelo estado; ocorr�ncias di�rias j� s�o quase o dobro das registradas em maio


08/08/2023 19:59 - atualizado 08/08/2023 20:23
432

Incêndio Serra da Gandarela, na Grande BH
Nesta ter�a-feira (8/8), bombeiros foram acionados para combater inc�ndio de grandes propor��es na Serra da Gandarela (foto: CBMMG / Divulga��o)
Nos primeiros oito dias de agosto de 2023, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais j� atendeu a 812 ocorr�ncias de inc�ndio florestal em todo o estado. Os dados equivalem a 101 notifica��es de queimadas por dia, o que j� equivale a quase o dobro das ocorr�ncias di�rias registradas em maio deste ano, quando foram 51.

Nesta ter�a-feira (8/8), uma grande �rea de vegeta��o na Serra da Gandarela, pr�ximo a Nova Lima, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, foi queimada devido a um inc�ndio de grandes propor��es. As chamas come�aram no in�cio da tarde e, at� �s 19h, ainda n�o haviam sido totalmente extintas. 
O aumento da quantidade de inc�ndios em vegeta��es j� era esperado por especialistas e profissionais que atuam diretamente com as ocorr�ncias. Por isso, se os dados de agosto acompanharem os do ano passado, e anteriores, a previs�o � que haja mais focos que em julho, quando o n�mero de notifica��es ultrapassou 3 mil. 

Nesta ter�a-feira (8/8), o Corpo de Bombeiros atendeu a, pelo menos, quatro ocorr�ncias de inc�ndio em vegeta��o na Grande BH. Logo no fim da manh�, tr�s grandes focos mobilizaram os militares e brigadistas na Serra da Gandarela, onde fica localizada uma �rea de prote��o ambiental. Para combater as chamas, os profissionais trabalharam em duas frentes, uma pr�ximo ao Mirante da Gandarela, em Rio Acima, e outra na regi�o da Fazenda Maquin�, a cerca de 40 quil�metros de Belo Horizonte. 

At� as 19h os militares ainda n�o haviam extinguido as chamas totalmente. No entanto, os tr�s principais focos foram debelados, sendo que o fogo permanece em uma �rea de vale, onde h� previs�o que se apague naturalmente durante a madrugada - devido �s caracter�sticas de vegeta��o, que � mais �mida e terreno. 

Outras ocorr�ncias 

Ainda na regi�o metropolitana, outra equipe dos bombeiros foi deslocada no final da tarde para combater as chamas que atingiam uma �rea de vegeta��o �s margens da MG-030, na altura do Bairro Vila da Serra, em Nova Lima. 

Assim como a ocorr�ncia na Serra da Gandarela, at� o momento, n�o h� informa��es sobre o que teria provocado o fogo. Ainda de acordo com os militares, as chamas amea�am a rede el�trica e podem se propagar em dire��o a condom�nios residenciais da regi�o. 

Al�m disso, quem passa pela rodovia tem que se manter atento, j� que a grande quantidade de fuma�a est� atrapalhando a visibilidade do tr�fego.

J� em Belo Horizonte, pela segunda vez em menos de 20 dias, o Parque Municipal Renato Azeredo, no Bairro Palmares, na Regi�o Nordeste da capital, foi atingido pelas chamas. O fogo teria come�ado por volta das 15h30. Duas equipes realizaram o combate aos focos, que s� foram debelados �s 18h. No dia 21 de julho, mais de quatro hectares de vegeta��o do parque foram queimados. 

�poca de queimadas


Em entrevista ao Estado de Minas logo no in�cio do per�odo das queimadas, o professor do Instituto de Geoci�ncias da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Bernardo Gontijo, explica que o Cerrado, bioma predominante em Minas, j� � adaptado para resistir �s queimadas. No entanto, n�o as de grande propor��o, que normalmente s�o provocadas pela a��o humana. 

Mesmo com toda a propens�o a queimadas, um dos principais gatilhos para os inc�ndios em grande propor��o que acontecem no Cerrado, n�o s� em Minas Gerais, � a a��o humana. Cristiano Reis, coordenador da Brigada Florestal Volunt�ria Guardi�es da Serra, que atua na Lapinha da Serra, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, explica que existem dois tipos de chamas provocadas por a��es naturais. Uma pela queda de descargas el�tricas, e a outra, quando h� incid�ncia solar em alguma part�cula refletora, como vidro. 

No entanto, esses tipos de ocorr�ncias s�o facilmente diferenciadas. Cristiano explica que, no caso das descargas el�tricas, normalmente a queimada acontece antes de uma precipita��o de chuva. O professor da UFMG afirma que uma das principais discrep�ncias � em rela��o � propor��o. 

“Quando ocorre o fogo por fatores naturais, ele tende a evoluir pouco e a� acaba sendo algo de pequena propor��o. Qualquer inc�ndio em grande propor��o, dependendo da �poca do ano, voc� pode ter certeza que mais de 90%, ou mais, � fruto de a��o humana. Deliberada ou n�o. Aquela coisa do doloso ou culposo. Culposo sempre �. Agora, quando tem o dolo, a� a coisa complica e �s vezes isso acontece. De forma tr�gica, mas acontece”, enfatiza Bernardo Gontijo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)