
“Foram identificados hematomas e escoria��es em v�rias regi�es do corpo, incluindo a regi�o genital, o cr�nio, a �rea do couro cabeludo e a orelha direita. Al�m disso, observou-se uma diverg�ncia entre os hor�rios estimados para o �bito. De acordo com os sinais post-mortem, o falecimento ocorreu �s 9h30 daquele dia, enquanto a investigada solicitou ajuda somente por volta de 11h40, evidenciando um lapso temporal bastante extenso”, afirma o m�dico legista Marcelo Moura, respons�vel pelo exame necrosc�pico da v�tima.
Por fim, o legista diz que a crian�a e suas roupas estavam limpas, “o que indica que ela supostamente teria sido higienizada momentos antes de ser encaminhada � unidade de sa�de”.
Investiga��es
As investiga��es come�aram ap�s a pol�cia receber um chamado do hospital onde o menino deu entrada morto e com “ferimentos suspeitos em v�rias �reas do corpo”. Na unidade de sa�de, a m�e, “claramente nervosa”, alegou � equipe m�dica que a crian�a tinha sofrido v�mitos e diarreia durante a madrugada, narra a PCMG em comunicado.
Ainda segundo essa vers�o, quando o pai saiu para o trabalho, pela manh�, o menino subitamente caiu no ch�o. A madrasta disse ter solicitado assist�ncia do Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu), mas, antes da chegada da ambul�ncia, terceiros j� haviam levado a crian�a ao hospital.
“O pai relatou que a rela��o do casal era muito conturbada. Eles estavam juntos h� cerca de dois anos e tinham hist�rico de consumo de subst�ncias entorpecentes. Ele tamb�m revelou que a crian�a n�o foi alimentada nas 24 horas anteriores aos acontecimentos devido � recusa da suspeita em permitir que ele a alimentasse, alegando que a crian�a tinha diarreia”, explica a PCMG.
Respons�vel pelo inqu�rito policial, o delegado Patrick Carvalho pontua que “as investiga��es apontam para agress�es � crian�a naquela manh�, resultando em seu falecimento”.
Altera��es na cena do crime
A Pol�cia Civil tamb�m identificou sinais de altera��o no local do crime. “O piso na �rea onde estava o ber�o da crian�a estava �mido, sugerindo uma limpeza recente apenas nessa regi�o. A suspeita foi confirmada pelos exames de detec��o de vest�gios de sangue (luminol) que revelaram tra�os sangu�neos em locais previamente lavados, como o ber�o e a parede pr�xima ao ber�o”, conta Alisson Barbosa, perito criminal que investigou o local.
“Outras manchas de sangue tamb�m foram encontradas no colch�o do ber�o, na parede e na cal�a que a madrasta vestia no dia dos fatos. Um edredom com manchas de sangue tamb�m foi descoberto dentro de uma m�quina de lavar”, completa Barbosa.
Com o indiciamento da madrasta, os autos foram encaminhados � Justi�a na �ltima sexta-feira (4/8), finaliza a Pol�cia Civil.