
O suspeito foi preso, na noite de sexta-feira (11/8), em um hotel no Centro de Belo Hoirzonte pela pr�tica de estelionato contra 36 v�timas e tamb�m por crime contra a ordem tribut�ria praticado por particular.
Conforme a pol�cia, esse homem estaria contratando modelos mirins para campanhas publicit�rias e ludibriando os respons�veis legais. At� o momento, as v�timas identificadas pela PCMG sofreram um preju�zo de aproximadamente R$ 50 mil.
A pol�cia contou que os alvos do estelionat�rio eram pais e m�es de baixo poder aquisitivo. Abordados no Centro de BH, eram enganados com a falsa promessa de que seus filhos poderiam ser modelos e seguir a carreira trabalhando para grandes marcas de roupas e �culos infantis, com cach� de R$ 500 a R$ 1 mil.
Seduzidos pela proposta, pais e respons�veis participavam com as crian�as, de idades variadas, do que seria o primeiro trabalho remunerado, marcado para este fim de semana, em um hotel da capital.
No entanto, ao se apresentarem, os interessados eram informados que, para fazer o trabalho, teriam de pagar R$ 3 mil para a cria��o de um book fotogr�fico para a crian�a ingressar definitivamente no mercado de modelo mirim. Uma das v�tima teria parcelado este valor no cart�o de cr�dito do pai.
Efetuado o pagamento do book, surgiam novas demandas de pagamentos, o que resultou em d�vidas altas para as fam�lias com a ag�ncia de modelos com sede em S�o Paulo.
Na a��o feita no hotel, a pol�cia apreendeu celulares e notebooks. No local, estavam fot�grafos e agenciadores. Agora, a investiga��o est� em curso para descobrir se um grupo de 15 profissionais tamb�m sabiam do golpe ou somente prestavam servi�o.
Segundo a pol�cia, j� existem tr�s boletins de ocorr�ncia contra esse homem, que j� aplicou o golpe pelo menos quatro vezes em Minas.
No Departamento Estadual de Investiga��o, Orienta��o e Prote��o � Fam�lia, as delegadas Carolina Bechelany e Thalita Caldeira e o delegado , Diego Lopes falaram sobre a a��o.
Carolina Bechelany disse que "a abordagem ocorria com pessoas mais simples, diziam que os filhos eram bonitos, que podiam ser modelos e prometiam um futuro promissor, com ascens�o financeira".
Conforme Diego Lopes, apesar de tantas inconsist�ncias, "eles d�o � a��o aspecto de legalidade, empresa com CNPJ em S�o Paulo, com equipe de profissionais, que induzem as v�timas. � um crime de estelionato que se assemelha com outro que ocorreu com fam�lias sendo aliciadas para levar seus filhos para categoria de base de times de futebol"
Nesse caso da carreira de modelos, a promessa era de um trabalho publicit�rio para grandes marcas, mas no fim, se limitavam a entregar as fotografias feitas no local, como destacou o delegado.
Thalita Caldeira enfatizou que "as marcas citadas pelo homem sequer sabiam que estavam sendo envolvidas no golpe. E eles falavam em grande marca de �culos e observamos que, na verdade, e ra �culos falsificados. Assim como o uso de roupas populares e n�o de uma outra grande marca, como diziam. Fizeram um teatro".