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Estado de Minas ROTINA DE MEDO

Suspeito de abusar sexualmente de crian�a � preso em Betim 84 dias depois

Menina de 2 anos teria sido abusada por namorado da bab� no fim de maio, em Betim, na Grande BH; pedido de pris�o s� foi acatado quase tr�s meses ap�s crime


23/08/2023 20:14 - atualizado 23/08/2023 20:57
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Imagem ilustrativa de viatura policial
Abusos teriam acontecido dentro da casa da cuidadora, que � vizinha da fam�lia (foto: Arquivo Pessoal)
Um homem de 44 anos foi preso na noite desta quarta-feira (23/8) suspeito de abusar sexualmente de uma crian�a de 2 anos. O crime teria acontecido no bairro Duque de Caxias, em Betim, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, no fim de maio. No entanto, a Justi�a acatou o pedido de pris�o preventiva 84 dias ap�s o fato. 
O suspeito � companheiro da ex-bab� da v�tima. De acordo com o boletim de ocorr�ncia, registrado pela m�e da crian�a, no dia 31 de maio, os abusos teriam acontecido dentro da casa da cuidadora, que � vizinha da fam�lia. 

Em entrevista ao Estado de Minas, a m�e da menina, que preferiu n�o se identificar, contou que, no dia do crime, quando chegou em casa n�o encontrou sua filha. Ela ent�o foi at� a casa da vizinha, que trabalhava como bab� da crian�a, para peg�-la.



Ao longo da noite, a menina come�ou a reclamar de dor no “bumbum”. No banheiro a genitora percebeu que a vagina da crian�a estava esbranqui�ada e com mau cheiro. Mesmo depois de limpa, a crian�a continuou reclamando de dor. 

De acordo com a mulher, ao olhar o �nus da filha, ela e o marido perceberam que o local estava machucado, bastante vermelho e com cortes. Ao ser questionada pela m�e, a crian�a disse que o “titio” - como ela se referia ao namorado da bab� - havia colocado o “dedo pequenininho” dentro do “bumbum dela”. 

A menina foi encaminhada at� uma Unidade de Pronto Atendimento, onde foi constatado que ela havia sido v�tima de viol�ncia sexual. Conforme o laudo m�dico, ao qual o Estado de Minas teve acesso, � apontado como diagn�stico principal “abuso sexual”.

Rotina de medo 

A m�e da v�tima relatou que desde que fez a den�ncia estava vivendo uma rotina de medo. Ela conta que apesar de ter conseguido uma medida protetiva contra o suspeito, que foi proibido de se aproximar a menos de 100 metros da v�tima, ela e a fam�lia tiveram que conviver com o homem. Isso porque o suspeito continuou morando na casa ao lado. 

“Depois que eu consegui a protetiva, eu cheguei a ligar para a Pol�cia Militar relatando que ele estava na resid�ncia ao lado que fica a menos de 100 metros da minha. Mas os policiais disseram que n�o poderiam fazer nada, j� que aquele era o endere�o de resid�ncia dele”, conta. 

Ela relata, ainda, que quando estava na porta de casa, ou passava pela rua, o homem ficaria rindo e debochando dela e da crian�a. “Minha filha n�o pode brincar na porta de casa porque ele ainda est� aqui. Eu n�o fiz essa den�ncia � m�dia antes porque acreditei que a Justi�a seria feita e ele seria preso”, desabafa. 


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