
Motociclistas que pensaram em manifestar em frente ai Juizado Criminal, no bairro Padre Eustaquio, regi�o Oeste de Belo Horizonte, foram surpreendidos com uma blitz da Policia Militar. No local, na tarde desta quinta-feira (24) acontece uma audi�ncia entre o motoboy e dois homens, acusados de agredir o rapaz.
A opera��o de transito foi montada na avenida Juscelino Kubitschek, em frente a sede do Juizado. A ideia � impedir a a��o dos motociclistas, que pretendiam manifestar contra os agressores.
A audi�ncia come�ou por volta das 14h. O entregador agredido, Lincoln Santos, de 20 anos, chegou acompanhado da m�e e da advogada.
No processo, ele est� sendo fichado como “autor e v�tima”. Bruna Marques, que defende o motoqueiro, espera mudar isso. Existe a suspeita de que ele tenha sido agredido por golpes de canivete. “N�o vai ter acordo, provavelmente vai terminar na Justi�a. Ele foi agredido com uma arma branca em locais vitais, no t�rax, bra�o. Ent�o isso n�o � de compet�ncia do juizado”, explicou.
Os outros dois homens que ser�o ouvidos tamb�m est�o sendo listados como “autor e vitima”. Eles n�o compareceram ao Juizado, j� que a ju�za do caso permitiu que as partes pudessem ser ouvidas de forma virtual. A reportagem tentou contato com o advogado, mas n�o obteve resposta.
Relembre o caso
O caso ocorreu na ter�a-feira (15/8) em uma resid�ncia do Bairro Cai�aras, na Regi�o Nordeste de Belo Horizonte. De acordo com a Pol�cia Militar, houve um desentendimento m�tuo entre o cliente e o entregador, resultando em uma agress�o tamb�m entre as duas pessoas.
O entregador alegou que foi agredido e acusado de querer roubar a comida dos clientes ap�s pedir o c�digo de confirma��o da entrega. J� no relato dos moradores, o pedido teria demorado para ser entregue e que, quando o entregador chegou, eles desconfiaram que ele teria aberto o pacote e comido a feijoada.
Em entrevista ao Estado de Minas, o tenente Louzer, que atendeu a ocorr�ncia, disse que o desentendimento come�ou com um atrito verbal e evoluiu para uma agress�o f�sica. Ele explica que os quatro envolvidos - tr�s clientes e o entregador - s�o v�timas e autores do crime. "Foram agress�es m�tuas."