
Funcion�rios do local informaram � Pol�cia que dois guardas estariam circulando armados no mercado. Os agentes de seguran�a contratados pelo dono do im�vel s�o guardas civis municipais, de 48 e 43 anos, e os dois foram encaminhados para a delegacia. Os funcion�rios que fizeram a den�ncia tamb�m foram levados.
De acordo com a PC, como n�o se tratava de uma situa��o de flagrante, os envolvidos foram liberados e um inqu�rito policial foi instaurado, “para apurar as circunst�ncias do caso”, consta em nota. A investiga��o corre em sigilo.
Paulo Favaretto, por ter grande experi�ncia comercial e trabalhar na Feira Hippie de BH desde 1988, havia sido contratado para administrar e gerir o Mercado Mineiro de Artes e Artesanatos e o pr�dio em que ele fica. Diante do clima hostil que ficou no local, ele, a esposa e a filha, decidiram deixar seus cargos no shopping popular.
De acordo com Favaretto, a presen�a dos guardas armados contratados pelo dono do im�vel intimidou os lojistas, que foram fechando suas lojas. “Isso foi cerceando e afastando o pessoal”, diz o administrador. Ele ainda conta que os lojistas j� entraram com a��o na Justi�a, por conta das amea�as.
Impactos do problema para os lojistas
O antigo administrador do pr�dio explica que o que motivou o tratamento hostil do dono do im�vel foi o retorno financeiro gerado pelo shopping. Ele estaria pressionando os empres�rios a deixarem as lojas que n�o estavam rendendo o esperado. Antes dos guardas armados, os lojistas estavam sendo boicotados de outras formas. De acordo com Favaretto, os comerciantes estariam sendo impedidos de realizar a��es de marketing e de firmar novos contratos.
“No come�o, era tudo maravilha. N�o tinha lojista, aquilo era uma fam�lia”, ele lembra. Os comerciantes ficaram impactados e se sentiram lesados com a situa��o, que j� n�o era favor�vel por conta da pandemia. “Tem expositor deprimido, tem expositor precisando de cesta b�sica” diz Favaretto.
O antigo administrador do local e sua fam�lia tamb�m sofreram com o dilema. “A minha filha est� meio ‘fora de �rea’, est� desiludida”, lamenta. O pai conta que ela deixou um cargo com remunera��o boa para trabalhar no Mercado Mineiro de Artes e Artesanatos. O gestor comercial tamb�m foi afetado: “Perdi 15 kg de abril do ano passado at� hoje trabalhando l�”, ele diz.
Favaretto tamb�m vai entrar na Justi�a, mas por causas trabalhistas. Os demais lojistas fizeram um boletim de ocorr�ncia e entraram com uma a��o pedindo lucros cessantes, alegando amea�as e outros problemas gerados pelo dono do im�vel
O que diz a Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte
Em nota, a Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH) esclareceu que os guardas que circulavam armados pelo Mercado Mineiro de Artes e Artesanatos s�o, de fato, servidores da corpora��o, mas estavam de folga e portando armas pessoais.
A entidade ainda afirma que “a Corregedoria da Guarda Civil Municipal acompanhou o registro do caso na delegacia e j� instaurou procedimento disciplinar para apurar os fatos”.
*Estagi�ria sob a supervis�o do subeditor F�bio Corr�a