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Estado de Minas CASO RAFAELA DRUMOND

Fam�lia de escriv� da Pol�cia Civil vai pedir indeniza��o ao governo de MG

Inqu�rito que investiga as den�ncias de ass�dio envolvendo a escriv� deve ser conclu�do at� a pr�xima semana


06/09/2023 17:42 - atualizado 06/09/2023 17:44
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Foto da Rafaela Drumond
Expectativa � de que o inqu�rito seja entregue a Justi�a na pr�xima semana (foto: Reprodu��o)
A fam�lia da escriv� Rafaela Drumond, que tirou a pr�pria vida no dia 9 de junho deste ano, vai � Justi�a pedir indeniza��o do governo do Estado. O inqu�rito que investiga as causas que levaram � morte da ex-servidora da institui��o deve ser conclu�do at� a pr�xima semana. 

De acordo com Hugo Viol Faria, advogado da fam�lia, o pedido vai servir para responsabilizar o governo pela forma em que Rafaela era tratada na institui��o. “O su�cidio � um conjunto de causas. Estamos com uma a��o de indeniza��o para entrar contra o estado. Dinheiro n�o importa, mas h� de ser movido em face da responsabilidade do estado. Como uma pessoa entra na institui��o ap�s passar por um psicot�cnico rigoroso e n�o � afastada ap�s mostrar instabilidade? � de responsabilidade do estado isso”, explicou.

Nesta semana, a per�cia no celular da escriv� foi finalizada. Essa era uma das partes finais da investiga��o. No aparelho, estavam guardadas as mensagens, �udios e v�deos que mostram situa��es pelas quais Rafaela passava diariamente na delegacia em que trabalhava.

“Com a per�cia conclu�da, estamos com previs�o de o relat�rio final do inqu�rito ser enviado na semana que vem para o F�rum. Eles disseram que a per�cia foi feita de forma integral, conseguiram acessar todos os dados. Dali em diante, d�-se in�cio � sindic�ncia interna da Pol�cia Civil”, disse o advogado.

A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a Pol�cia Civil e aguarda retorno.
 

Investigados realocados e de licen�a m�dica


Citados nos �udios como os prov�veis autores por ass�dios sofridos por Rafaela, o delegado Itamar Claudio Netto e o investigador Celso Trindade de Andrade foram transferidos duas vezes ap�s as den�ncias. 

Primeiramente, ambos foram realocados para uma delegacia em Conselheiro Lafaiete. Mas, ap�s novos fatos que surgiram na investiga��o, como a inclus�o de uma nova testemunha dos ass�dios, que estaria trabalhando na nova cidade dos servidores, eles foram novamente transferidos. 

O delegado Itamar estar� lotado na Delegacia de Belo Vale, e o investigador Celso foi enviado para a Delegacia de Congonhas. Este segundo, no �ltimo dia 18, pediu uma licen�a m�dica de 60 dias. O motivo n�o foi divulgado.
 

Relembre o caso


A escriv� Rafaela Drumond, de 31 anos, tirou a pr�pria vida em 9 de junho, na casa de seus pais no distrito de Ant�nio Carlos, na Regi�o do Campo das Vertentes. Ela trabalhava em uma delegacia em Caranda� e, meses antes do fato, enviou �udios para a fam�lia e amigos relatando situa��es de abuso e ass�dio por parte de colegas. O caso ainda est� sendo apurado pela Corregedoria-Geral da Pol�cia Civil de Minas Gerais. Os suspeitos de assediar a mulher foram transferidos da unidade em que trabalhavam, mas permanecem trabalhando.

Tanto o celular de Rafaela quanto v�deos enviados por ela aos amigos come�aram a ser periciados pela Pol�cia Civil. Nos �udios obtidos pela investiga��o, Rafaela relata situa��es de ass�dio moral e sexual, persegui��o, boicote e at� uma tentativa de agress�o f�sica por parte de um colega de trabalho. Em uma das mensagens, ela explica que n�o queria tomar provid�ncias em rela��o aos fatos por medo.

"N�o quis tomar provid�ncia porque ia me expor. Isso � Caranda�, cidade pequena. Com certeza ia se voltar contra quem? Contra a mulher. Eu deixei, prefiro abafar. Eu s� n�o quero olhar na cara desse bo�al nunca mais", narra.

Em outra grava��o, a escriv� disse estar cansada dos epis�dios, que se mostravam recorrentes. Os �udios teriam sido enviados em fevereiro, quatro meses antes da morte de Rafaela. "Eu nem contei para voc�s, porque, sabe, umas coisas que me desgastam. Quanto mais eu falo, mais a energia volta. Fiquei calada. Fiquei quieta, na minha, achando que as coisas iriam melhorar. Eu n�o incomodo muita gente, mas, enfim, agora chega", diz Rafaela, na grava��o.


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