
Na tarde desta ter�a-feira (12/9), os educadores estiveram reunidos em uma “Aula P�blica”, na Pra�a da Liberdade. Durante o ato, representantes do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG) tiraram d�vidas dos profissionais, de pais e de alunos.
Em entrevista ao Estado de Minas, a presidente do Sinpro-MG, Val�ria Morato, afirmou que o objetivo do encontro foi ouvir os professores. “Os professores e professoras t�m sofrido muito ass�dio dentro das escolas para n�o aderirem ao movimento, para n�o lutarem pelos seus direitos. Por isso, n�s achamos muito importante fazer essa reuni�o aqui.”
Apesar dos epis�dios de ass�dio, Morato afirma que a ades�o ao movimento tem sido grande. Ela revela que muitos professores apoiam a causa, mas n�o est�o participando da paralisa��o por medo.
“N�s temos percebido uma indigna��o e uma ades�o muito grande dos professores, apesar desse ass�dio sofrido. Muitos n�o pararam, ou retornaram ao trabalho, por medo. Porque a press�o chega a um limite em que eles v�em que o emprego est� em jogo”, disse.
Apoio
Em apoio � paralisa��o dos professores e �s reivindica��es da categoria, um grupo de pais come�ou um coletivo. A assistente social Mabel Piancastelli � uma das integrantes do movimento. Ela afirma que as mobiliza��es das fam�lias partiram da ci�ncia de que os profissionais podem perder direitos j� garantidos.
“Indignados com a not�cia dessa perda de direitos, n�s montamos um grupo que est� crescendo e nos surpreendendo. N�s queremos um posicionamento do sindicato patronal porque n�s, enquanto fam�lias, n�s pagamos a mais todo ano para fazer a matr�cula dos nossos filhos. Eu j� fiz a matr�cula da minha filha, que teve em torno de 15% de aumento. Quanto desse percentual de aumento foi ou vai para o bolso do professor. N�s sabemos que � quase nada, ou nada, na maioria das vezes. E agora, para al�m disso, as pessoas est�o discutindo direitos que s�o da categoria h� anos”, explica Mabel.
De acordo com o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), at� o momento o grupo n�o vai aceitar "a retirada de direitos, ou a altera��o de conquistas como o adicional por tempo de servi�o, isonomia salarial e as f�rias coletivas". Al�m disso, os professores tamb�m reivindicam a manuten��o das cl�usulas previstas na Conven��o Coletiva de 2019, anterior �s mudan�as emergenciais aprovadas em fun��o da pandemia.
O que dizem as escolas
Por meio de nota, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe-MG) afirmou que se reuniu com o sindicato dos professores nesta ter�a-feira para discutir os termos da Conven��o Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.
“Acreditamos no entendimento com rela��o aos termos da CCT na reuni�o que acontecer� amanh� no Tribunal Regional do Trabalho, estamos empenhados em assegurar um ambiente de trabalho justo e harmonioso para todos os envolvidos na educa��o privada de Minas Gerais”, informou a institui��o.
Durante a manh�, o Col�gio Santo Agostinho enviou um comunicado aos pais de alunos da Unidade Central da institui��o em BH. No informe, a escola afirma que as aulas dos estudantes do ensino m�dio foram suspensas em decorr�ncia da falta de professores. Al�m disso, os alunos do 8º e 9º ano foram dispensados mais cedo, �s 15h40, depois de atividades avaliativas.