A Pol�cia Civil concluiu o inqu�rito sobre o crime do Anel Rodovi�rio, ocorrido na madrugada do dia 25 de agosto �ltimo, quando Cl�ber Augusto Esteves, de 38 anos, foi assassinado, dentro do carro dele, por um ex-amigo, o armeiro,Ruy Gomes da Silva, de 48 anos, com quem esteve bebendo e se divertindo, numa boate, na Avenida Raja Gabaglia. Os dois foram expulsos da casa noturna, depois de uma discuss�o, algumas horas antes.
O crime foi investigado pela Delegacia de Homic�dios do Barreiro. O inqu�rito foi presidido pelo delegado Guilherme Cat�o, que informou que o matador teve a pris�o tempor�ria convertida para preventiva, e por isso, aguardar� o julgamento num pres�dio. “O inqu�rito foi conclu�do e encaminhado ao Minist�rio P�blico, que oferecer� a den�ncia”.
Segundo o delegado, os dois homens, Cl�ber e Ruy, estavam na boate com outras duas pessoas, uma mulher, que era namorada da v�tima, e um amigo. “Eles haviam consumido um litro de whisky e pediram a segunda garrafa. Mas Cl�ber estava exaltado, tanto, que criou confus�o, discutiu com ocupantes de uma mesa ao lado.”
A situa��o, segundo o delegado, piorou a partir da�. “Em determinado instante, Cl�ber e Ruy come�aram a discutir, a tal ponto que incomodou outros frequentadores. Cl�ber queria ir embora e chamou a namorada, que respondeu que queria permanecer na boate. O at� ent�o amigo interveio, dizendo que ele poderia ir embora, mas que deixasse a namorada ali. Eles discutiram feio e Cl�ber acertou um tapa no rosto do armeiro. Os seguran�as do estabelecimento tiveram de intervir. Primeiro, eles colocaram Cl�ber para fora. Depois o armeiro.”
S� que Cl�ber n�o foi embora. Ele ficou no local, esperando por Ruy. Voltaram a discutir e trocaram as primeiras amea�as. Cl�ber atirou uma pedra no caso do desafeto. Cada um entrou no seu carro e foram para suas casas. No entanto, segundo o delegado Cat�o, ao chegarem em casa, seguiram trocando ofensas e amea�as por mensagens de celular.
Encontro no Anel Rodovi�rio
“A coisa esquentou e eles acabaram marcando um encontro no Anel Rodovi�rio. Cl�ber, que deixou a boate no carro da namorada, foi para o local. L� chegando, novas trocas de ofensas, quando o armeiro sacou sua arma, uma pistola 9 mil�metros, de uso exclusivo das for�as armadas, atirando oito vezes, e fugindo em seguida”, conta o delegado.
No caminho, conta o policial, Ruy que era experiente, foi desmontando a arma e atirando os peda�os para fora da janela. “Por isso, n�o foi encontrado nenhum vest�gio da arma".
Desvendando o caso
Segundo o delegado Cat�o, Ruy Gomes fez um acordo, por meio de seu advogado, para se entregar. � pol�cia, ele contou que Cl�ber teria sacado uma arma e apontado em sua dire��o e que teria atirado em leg�tima defesa.
S�, segundo o delegado, n�o foi encontrada nenhuma arma no ve�culo de Cl�ber e nem com ele. E n�o havia, tamb�m, nenhuma marca de tiro no carro do armeiro, como ele teria dito inicialmente. “N�o existem provas sobre uma poss�vel troca de tiros, como tinha alegado o armeiro”, diz o delegado Cat�o.
Com a conclus�o do caso, o delegado diz que o armeiro ser� indiciado por homic�dio qualificado, por dirigir embrigado e porte ilegal de arma. As penas previstas s�o de 12 anos, tr�s anos e quatro anos, respectivamente.
“Verificando as fichas dos dois envolvidos no crime, v�tima e autor, descobrimos que o armeiro tem passagens por les�o corporal, roubo e amea�a. A v�tima tamb�m tem passagens, por roubo a m�o armada e tentativa de homic�dio”, conta o delegado Cat�o.